ABA, base científica para a inclusão

Os procedimentos baseados na Análise do Comportamento Aplicada (ABA) ajudam a trabalhar a inclusão e a capacidade de comunicação de crianças especiais.
Os procedimentos baseados na Análise do Comportamento Aplicada (ABA) ajudam a trabalhar a inclusão e a capacidade de comunicação de crianças especiais.

ABA – Análise do Comportamento Aplicada (Applied Behavior Analysis)

A Análise do Comportamento é uma ciência que se interessa pelo estudo das variáveis que afetam os comportamentos (TODOROV; HANNA, 2010 cita Gomes 2017). A aplicação dos princípios dessa ciência para a resolução de demandas socialmente relevantes é chamada de Análise do Comportamento Aplicada (BAER; WOLF; RISLEY, 1987 cita Gomes 2017) e não ocorre exclusivamente na área do autismo, mas em âmbitos diversos, como na clínica psicológica, na educação, na economia, no desempenho esportivo, entre outros. Tipicamente é feita uma análise da função dos comportamentos que são relevantes e das condições de ensino, em termos de arranjos ambientais e de variáveis motivacionais (consequências reforçadoras) para promover o desenvolvimento desses comportamentos (se ausentes) e seu fortalecimento, se eles ainda ocorrem de maneira incipiente (SKINNER, 1968 cita Gomes 2017). Apesar da aplicação da Análise do Comportamento ocorrer em áreas diversas, observa-se um crescimento mais expressivo desse tipo de intervenção na área do autismo, especialmente no formato de Intervenção Comportamental Intensiva (VIRUÉS-ORTEGA, 2010 cita Gomes 2017).

ABA ajudando na inclusão de crianças especiais

Segundo Beatriz Vichessi especialista em sócio-psicologia, receber uma criança com autismo na escola traz dúvidas que vão muito além do acolhimento e da aprendizagem. Como interagir com ela? Será que ela vai morder, bater nos colegas? O que fazer para ensiná-la a se comunicar, escrever, ler, usar o banheiro? Embora questões como essas façam parte do início de convivência com qualquer criança – afinal, cada um é um, se comporta e aprende de uma maneira – o transtorno do espectro autista (TEA) tem algumas disfunções nos domínios do comportamento, da interação social e da comunicação. Por isso, é normal a confusão entre professores e gestores.

Existem diversas abordagens possíveis para trabalhar com crianças com autismo de modo que elas aprendam a interagir bem com os adultos e os colegas, conquistem independência na realização de tarefas e aprendam conteúdos curriculares. No campo da Psicologia do Comportamento, diversos profissionais trabalham com programas de intervenção baseados na Análise Aplicada do Comportamento (ABA, da sigla em inglês Applied Behavior Analysis), atualmente considerados como tratamento baseado em evidências para o TEA.

Livro Brinquedo

O brincar/jogar (play) é onipresente entre humanos de todas as sociedades, para Whitebread et al. (2012 cita SCHMIDT, DOS SANTOS 2021). Surge como um fenômeno multifacetado difícil de pesquisar pela espontaneidade e imprevisibilidade. As variações de tipos de brincadeiras parecem surgir de atitudes diferentes em relação à visão de infância e ao valor do brincar; aspectos como rigidez cultural, envolvimento de adultos, questões de gênero, espaciais (urbanas ou rurais), perigos circunstanciais, entre outros, interferem no brincar. Os autores atestam que há benefícios ao desenvolvimento infantil, sugerindo ser um consenso emergente quanto aos vários tipos de jogos e seus significados. Posição decorrente, em parte, do surgimento de evidências provenientes da psicologia evolucionária nas últimas décadas: à medida que cada vez mais animais complexos evoluíam, o tamanho de seus cérebros aumentava. Conforme os autores, esse aspecto pode ser associado a períodos cada vez mais longos de imaturidade biológica (período em que os jovens são cuidados pelos pais) e em paralelo ao aumento das brincadeiras. Os livros-brinquedo são objetos lúdicos e interativos que convidam à experimentação. Têm uma narrativa aberta para diferentes leituras: visual (literária e imagética) e tátil (bi e tridimensional). Também pode conter recursos sonoros e olfativos, bem como efeitos de realidade aumentada (QR code) entre outras tecnologias associadas (SCHMIDT, DOS SANTOS 2021).

O livro-brinquedo é projetado e publicado de forma que seja explorado através do manuseio. Objeto que pode auxiliar no processo de aquisição de conhecimentos, esquemas lógicos e na organização de elementos conceituais próprios da fase de transição dos sete anos de idade, quando ocorre a alfabetização. Combina linguagens como narrativa verbal, visual e tátil, podendo originar múltiplas leituras por manuseio. A ludicidade é um fator preponderante. Outros exemplos: obras com propostas de brincadeiras que envolvem objetos, livros pop-up, com abas, vazados, com partes desmontáveis, texturas, entre outros (Schmidt, 2017).

O reconhecimento de que as crianças têm uma forma criativa e aberta de perceber o mundo pelo seu brincar é uma maneira de aproximar-se delas, proporcionar-lhes a melhor experiência possível pelos objetos, sejam projetos de pequenos livros, sejam projetos ambientais dirigidos à infância. Cada período na construção do conhecimento oferece indícios de uma interação crescente em complexidade, em seus âmbitos variados, principalmente as habilidades cognitivas, semânticas, sensório-motoras e emocionais (SCHMIDT, DOS SANTOS 2021).

Para ajudar os profissionais na área de saúde e educação, a Neuropsicopedagoga Clínica e estre em Educação Renata Bringel, ministra o curso Online Testes de Rastreio para Autismo (TEA) e Atrasos no Desenvolvimento Infantil, TDAH Avaliação e Intervenção, Terapia ABA na prática entre outros. Os cursos online realizados pela Professora Renata estão disponibilizados no site renatabringel.com.

Referências:

GOMES, Camila Graciella Santos et al. Intervenção comportamental precoce e intensiva com crianças com autismo por meio da capacitação de cuidadores. Revista Brasileira de Educação Especial, v. 23, p. 377-390, 2017.

SCHMIDT, Márcia Cattoi; DOS SANTOS, Célio Teodorico. O design de livro-brinquedo: uma abordagem interacionista sobre ludicidade e desenvolvimento infantil. InfoDesign-Revista Brasileira de Design da Informação, v. 18, n. 1, 2021.

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