TCC aplicada à dependência da Tecnologia

TCC aplicada à dependência da tecnologia incluem substituir o uso excessivo tecnológico por outras ações que proporcionem bem estar.
TCC aplicada à dependência da tecnologia incluem substituir o uso excessivo tecnológico por outras ações que proporcionem bem estar.

Tecnologia

Sabe-se que as tecnologias estão presentes no cotidiano da sociedade moderna, sendo fortemente empregadas em ambientes de ensino ou trabalho. Inclusive, as atividades que envolvem tecnologias, frequentemente, geram interesse não apenas às crianças e adolescentes, mas também aos adultos (ABREU; GÓES, 2011 cita SILVA, PUMARIEGA 2020).

Pensar em tecnologia é elencar uma série de aplicações na atualidade, tais equipamentos tiverem seu maior desenvolvimento a partir de final do século XX, se tornando cada vez mais expressiva à medida que se passaram os anos iniciais do século XXI. Inicialmente com o surgimento dos computadores pessoais, seguidos das evoluções televisivas, internet e os aparelhos de telefonia móvel. Destaca-se que, as primeiras versões desses equipamentos apresentavam baixo desempenho, gráficos rudimentares e funcionalidades limitadas (ALCÂNTARA, 2013 cita SILVA, PUMARIEGA 2020).

 Nos dias de hoje, os usuários dispõem de equipamentos tecnológicos com alta qualidade de exibição, acessíveis, otimizados, vencendo, muitas vezes seus aspectos virtuais e tornando-se cada vez mais próximos da realidade. A interação tornou-se constante e os distanciamentos foram estreitados. Pesquisas apontam que a utilização de tecnologias de maneira controlada permite o desenvolvimento da sociabilidade, evidenciando-se consequências relativamente favoráveis. Dentre elas, destaca-se a otimização dos processos, a facilitação para estudos e capacitações, melhor orientação espacial, aperfeiçoamento das habilidades cognitivas e motoras (UNGERER, 2013 cita SILVA, PUMARIEGA 2020).

Dependência da Tecnologia

No entanto, o uso excessivo propicia uma série de consequências negativas para a saúde física e mental. Os sujeitos que demonstram abuso no uso das tecnologias, enfrentam problemas principalmente em longo prazo. Esses indivíduos colocam em risco várias áreas da vida com uma série de sintomas cognitivos e comportamentais que resultam de sua dependência (LEMOS; SANTANA, 2012). Neste aspecto, autores defendem que a terapia cognitivo-comportamental possibilita resultados positivos ao que tange o tratamento da dependência tecnológica (LEMOS; GOMES, 2015 cita SILVA, PUMARIEGA 2020).

TCC (Terapia cognitivo-comportamental) aplicada à dependência da Tecnologia

A Terapia Cognitiva Comportamental buscar a prática do oposto, ou seja, incentiva a descoberta dos padrões de dependência tecnológica pelos clientes e orienta a interrupção desses padrões, sugerindo novos comportamentos. Por exemplo, se o paciente ficar online assim que chegar em casa do trabalho e permanecer online até a hora de dormir, o psicólogo pode sugerir que ele faça uma pausa para jantar, assistir ao noticiário e apenas em seguida, volte para o computador (ABREU, 2011 cita SILVA, PUMARIEGA 2020).

King e Delfabbro (2014 cita SILVA, PUMARIEGA 2020) observam aspectos cognitivos, comportamentais, emocionais e motivacionais distintos para indivíduos com problemas associados ao uso de tecnologias. Os autores englobam essas peculiaridades na tentativa de construir um modelo cognitivo-comportamental para o uso nocivo de tecnologias. Ao analisar vários estudos, destacaram uma percepção particular dos distúrbios das tecnologias. 

Também é possível efetivar bloqueios externos, os sujeitos podem usareventos ou atividades reais para solicitar que façam o logoff. Por exemplo, o uso de um despertador para funcionar como um aviso ao indivíduo de que é hora de desligar o computador e realizar alguma outra atividade offline, como ir ao trabalho ou à escola (ABREU; GÓES, 2011 cita SILVA, PUMARIEGA 2020).

Para isso, é preciso estabelecer metas específicas e exequíveis em relação ao tempo gasto online. Por exemplo, se o paciente permanece usando tecnologia o dia todo aos sábados e domingos, uma programação com breves sessões de uso seguidas de breves, embora frequentes, interrupções podem ser planejadas.

King e Delfabbro (2014 cita SILVA, PUMARIEGA 2020) aborda que para dependentes de tecnologias existe a crença sobre recompensas e materialidade da tecnologia, nestes aspectos são inclusas percepções relacionadas ao valor das recompensas e materialidade da tecnologia, relacionamentos amorosos virtuais e obsessão pela tecnologia. Dessa forma, o indivíduo valoriza indevidamente os itens e recompensas da tecnologia, até o ponto de reconhecê-los como mais óbvios e mais importantes do que qualquer outra atividade em sua vida. Também é comum ao dependente de tecnologia nutrir uma forte conexão emocional com seu aparelho ou meio de acesso à tecnologia, percebendo-o como um amigo ou parte de si mesmo. Além disso, para estes usuários é muito comum encontrar-se preocupados com o próximo acesso.

Também pode ocorrer a presença de abstinência de certas fontes de interação digital, sendo estimulada a abstinência apenas daquelas tecnologias que o sujeito não consegue controlar o uso. Isso significa que os indivíduos devem parar de navegar em determinados sites ou mesmo em certos aplicativos que são mais atraentes para eles, interrompendo o uso de tempos em tempos, mudando para formas alternativas, como enviar e receber e-mails, pesquisa de notícias, fontes bibliográficas de seus trabalhos escolares e assim por diante (ABREU, 2013 cita SILVA, PUMARIEGA 2020).

TCC (Terapia cognitiva-comportamental) trabalhando o vício

Os autores apontam que adiar ou priorizar o uso compulsivo de meios tecnológicos em detrimento de outras atividades é muito comum. King e Delfabbro (2014 cita SILVA, PUMARIEGA 2020) vincularam esse grupo de cognições aos distúrbios de tecnologia. Também é comum o envolvimento excessivo em tecnologias para atender às necessidades de autoestima, nestes casos já são percebidos sintomas de abstinência quando os meios de acesso ao mundo digital são retirados. Tais sintomas de abstinência à tecnologia são descritos como irritabilidade, ansiedade e tristeza, mas não há sinais físicos. 

Aos usuários que buscam a tecnologia como fonte de autoestima, é frequente a presença de orgulho por si mesmo durante o uso de seus aparelhos.

Inclusive, esses indivíduos acreditam que experiências positivas são obtidas apenas através do acesso a mídias digitais, e experiências negativas estão associadas à falta deste acesso. Existe a crença de se adquirir autonomia através da tecnologia, além da sensação de que apenas o mundo virtual é seguro (SILVA; TING, 2013 cita SILVA, PUMARIEGA 2020).

Frequentemente, os indivíduos apresentam engajamento nas tecnologias como forma de aceitação social, refere-se à crença de que as tecnologias dão a sensação de pertencimento a uma comunidade online e superestimam seu relacionamento com o mundo real. As percepções específicas que se enquadram nesse nível são o conceito individual de que apenas as tecnologias ou pessoas envolvidas nelas podem entendê-lo. Em casos de jogadores online, estes acreditam que a melhoria de seu status ou nível no ranking atenderá às suas necessidades sociais (KING; DELFRABBO, 2014 cita SILVA, PUMARIEGA 2020).

Vive-se em uma era em que há um envolvimento consistente com a tecnologia, culminando em uma dependência gradual dela. Há momentos em que é necessário usar a tecnologia de maneiras significativas e produtivas, mas isso geralmente confunde a linha entre a necessidade e o vício. A família é o grupo central com base na qual os padrões de ação são desenvolvidos e métodos construtivos de resolução de conflitos também podem ser determinados. Compaixão, empatia, solidariedade e responsabilidade pessoal podem ser aprendidas na família (SOARES, et al., 2018 cita SILVA, PUMARIEGA 2020).

 Também é importante empenhar-se para desenvolver habilidades de resolução de problemas, ajudando a efetivar respostas alternativas ao estresse que levam ao comportamento desadaptativo. A partir de então é possível a prevenção de recorrência, orientando os indivíduos a identificar possíveis situações de risco e desenvolver estratégias alternativas (KING; NARDI; CARDOSO, 2014 cita SILVA, PUMARIEGA 2020).

 Esses atributos podem servir como modelos e recursos para o sujeito fazer alterações no ambiente estendido. Integrar o sistema no tratamento do vício em tecnologia parece, portanto, uma abordagem razoável e útil. Tal como acontece com outras terapias de vício, perseverança e firmeza amorosa por parte do terapeuta e dos membros da família são necessárias para provocar mudanças. O compromisso pode compensar porque a assistência terapêutica pode favorecer e permitir um desenvolvimento construtivo em longo prazo, especialmente nos jovens (ALCÂNTARA, 2013 cita SILVA, PUMARIEGA 2020).

Young e Abreu (2011 cita SILVA, PUMARIEGA 2020) também apontam a importância de questionar ao paciente sobre o papel da tecnologia em sua vida pessoal e os motivos ocultos que o levaram ao vício. Além disso, o terapeuta deve investigar a relação entre o dependente e seus laços sociais para entender o papel desses laços. Em essência, a estratégia proposta fornece uma base terapêutica que corrobora com o modelo proposto de comportamento cognitivo. Porque eles agem por motivos individuais de mudança, buscando a reestruturação cognitiva que leva à modificação de pensamentos e crenças desadaptativos associados ao comportamento obsessivo compulsivo. Assim, a TCC usa métodos para monitorar e controlar o comportamento e o uso da tecnologia a partir do momento em que a situação é interpretada de maneira diferente (SILVA, PUMARIEGA 2020).

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Referência:

SILVA, CARLOS EDUARDO MOREIRA DA; PUMARIEGA, Yesica Nunez. ESTRATÉGIAS DA TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL APLICADA À DEPENDÊNCIA TECNOLÓGICA. 2020.

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