Brincar de construir uma coleção com objetos do parque

Brincar de construir uma coleção com objetos do parque proporciona à criança o conhecimento de variadas formas e texturas nos objetos encontrados.
Brincar de construir uma coleção com objetos do parque proporciona à criança o conhecimento de variadas formas e texturas nos objetos encontrados.

Plano de aula

Brincar de construir uma coleção com objetos do parque. Sugestão de idade: 3 anos.

Campos de Experiência:  Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações; Escuta, fala, pensamento e imaginação; O eu, o outro e o nós.

Objetivos e códigos da Base:

(EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
(EI02ET01) Explorar e descrever semelhanças e diferenças entre as características e propriedades dos objetos (textura, massa, tamanho).
(EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e com adultos.

Passo a passo: Brincar de construir uma coleção com objetos do parque

O que fazer antes?

Contextos prévios:

Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:

1. Construindo uma coleção com objetos do parque

2. Explorações e classificações de coleções feitas pelas crianças

3. Construção de coleções a partir de materiais trazidos de casa

4. Contagem e registro a partir de coleções

5. Organizando de uma exposição de coleções feitas pelas crianças

Materiais:

Separe vários saquinhos plásticos transparentes para guardar as coleções de objetos ao término da atividade. Numa cartolina (ou papel grande) faça um painel com o título Exemplos de coleções e deixe-o colado na parede, para que seja usado no decorrer da atividade. Pesquise na internet e imprima algumas imagens de coleções, pois elas servirão de referências para a turma. Reserve fita adesiva (ou dupla face) para colar as imagens no painel.

Espaços:

A sala das crianças e o parque de areia. No lugar do parque você pode usar um espaço onde as crianças consigam encontrar diferentes objetos. Um exemplo pode ser um jardim no qual existem diferentes folhas, pedras, sementes, frutos, vagens, galhos, penas etc.

Tempo sugerido:

Aproximadamente uma hora, sendo cerca de 20 minutos para a conversa na sala, 20 minutos para as buscas no parque e 20 minutos para as conversas finais (envolvendo a separação dos materiais).

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como as crianças expõem ideias e interagem com os adultos e crianças da turma a partir das problematizações propostas com as coleções?

2. As crianças manipulam os objetos para perceber as características deles (familiaridades e diferenças)? Quais são as características apontadas pelas crianças?

3. Como as crianças classificam os objetos encontrados no parque? Quais são os critérios que elas utilizam?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Estimule que elas discutam entre si características que podem ajudar na classificação dos objetos e que colaborem mutuamente nas buscas no parque, bem como usem todos os sentidos na percepção dos materiais. Além do uso da visão, as crianças podem buscar objetos por meio do tato, cheirá-los e até experimentá-los (no caso de árvores frutíferas, por exemplo).

O que fazer durante?

1 – Reúna as crianças em um grande grupo para que vocês conversem sobre a proposta. Comece sua fala dizendo que você tem uma pergunta para as crianças e lance o problema aos pequenos: Alguém aqui já fez uma coleção? Vocês sabem para que serve uma coleção? Deixe que as crianças exponham suas ideias e debatam com você e entre elas sobre suas ideias a respeito do tema. Algumas podem dar exemplos de coleções que tenham em casa ou falar de coleções já conhecidas (como um familiar que coleciona conchas, por exemplo).

Possíveis falas e ações da criança e do professor neste momento: Elas podem citar exemplos, dizendo que coleções são feitas de pedra ou que coleções ficam dentro de livros, buscando experiências que já tiveram com coleção de papéis de carta, por exemplo. Continue problematizando essas colocações com falas como Ah! Então as coleções são de pedras? Ou Toda coleção fica guardada nos livros? Por que você acha isso? etc.

2 – A partir das falas das crianças, comente com as crianças que você trouxe algumas fotos de coleções para elas conhecerem. Distribua as imagens de coleções entre as crianças para que elas as apreciem, observe o que comentam, o que lhes chama atenção e peça para que mostrem-nas ao grupo, compartilhando impressões. Depois lance problematizações, por exemplo: Esta foto aqui é uma imagem de uma coleção. Mas é uma coleção do que? Vocês já viram uma coleção assim? Mostre o painel Exemplos de Coleções e leia o título para as crianças. Conforme forem mostrando as imagens, coloque fita adesiva atrás delas e peça ajuda para fixar as fotos no painel. Após as discussões, deixe as imagens expostas na sala (pode ser que alguma criança queira revê-las depois, logo, considere essa iniciativa). Após a exposição de imagens, pergunte às crianças de qual coleção elas mais gostaram, de qual elas menos gostaram e questione os motivos das respostas. Deixe que elas expressem suas ideias e que conversem sobre o assunto (inclusive entre si).

3 – Diga que a turma irá construir várias coleções de objetos, assim como fizeram os colecionadores das fotos mostradas. Diga que para termos uma coleção devemos ter mais do que um objeto de cada exemplar e que, por isso, elas irão ao parque procurar objetos que podem ser colecionados. Não dê exemplos, ao fazer isso você pode acabar influenciando na busca das crianças. Apenas diga para elas buscarem objetos pequenos, pois eles serão guardados em saquinhos plásticos transparentes, para que possam levá-los para a sala. Pergunte às crianças se elas já têm uma ideia de quais objetos existem no parque e peça que deem sugestões aos colegas. Mostre o saquinho para a turma, para que as crianças tenham como estimar o tamanho dos objetos a serem recolhidos e disponibilize-os para que elas possam colocar os objetos encontrados dentro deles. Diga que elas iniciarão as buscas, que deverão recolher os objetos e trazer para o local combinado previamente por vocês. Informe que ao final vocês irão se reunir para uma conversa no parque sobre os objetos encontrados. Após a discussão, diga que está na hora das descobertas e dirijam-se ao parque. Leve consigo os saquinhos transparentes.

4 – Assim que chegarem, permita que as crianças busquem os objetos e os deixem no local combinado. Se alguma coletar objeto muito grande, mostre o saquinho para ela e pergunte: Mas será que esse objeto cabe no saquinho? E peça para a criança tentar guardá-lo, para que perceba que o objeto não é compatível com o combinado. Quando faltarem cinco minutos para o término, avise as crianças que vocês irão se reunir para examinar os objetos coletados. Passado o tempo, chame a turma para ver os objetos que todos conseguiram juntar.

Possíveis ações da criança neste momento: Por estarem no parque, é normal que elas queiram brincar nos brinquedos. Por isso, algumas crianças podem não querer participar da busca. Procure conversar com elas, estimulando-as a buscar alguns objetos específicos (como pedrinhas, sementes ou folhas) e respeite todas as formas de participação.

5 – Comece a conversa parabenizando os pequenos pelo trabalho e elogie o empenho da turma. Em seguida, pergunte para alguma criança o que ela encontrou. Se, por exemplo, ela trouxe uma semente, peça para ela mostrá-la aos colegas e pergunte quem mais conseguiu encontrar mais sementes. Questione as crianças sobre as características de outros objetos objetos coletados, problematizando suas explorações e comparando os achados: Olha como a semente é bem diferente da folha! Vocês também acham isso? Quais são as diferenças entre eles? Vocês disseram que a semente é amarela e que a folha é verde. Temos mais objetos verdes ? Conforme as conversas forem acontecendo, peça para as crianças manipularem seus próprios achados e irem fazendo montinhos, de acordo com as características que forem elencando. Deixe que criem seus próprios critérios e que classifiquem os objetos autonomamente. Podem ser grupos de objetos duros, macios, coloridos etc. Ainda, caso as coleções fiquem grandes demais, peça às crianças que encontrem subcategorias, como duros e verdes, macios e compridos etc. O objetivo aqui é levá-las a fazer a exploração sensorial dos materiais encontrados, percebendo características distintas entre eles e classificando-os segundo esses atributos.

Para finalizar:

Após as explorações, diga às crianças que elas irão guardar os achados nos saquinhos, respeitando as separações, e levá-los à sala para explorá-los em outras ocasiões (consulte os demais planos desta sequência para ter outras atividades que podem ser feitas com essas coleções). Peça ajuda dos pequenos para guardar os saquinhos e diga à turma que todos poderão brincar no parque até a próxima atividade.

Desdobramentos

Caso você queira repetir a atividade, proponha que as crianças façam novas buscas em diferentes espaços e dê algumas características como condição para a seleção dos materiais, como apenas objetos verdes ou que sejam duros. Conforme as crianças forem trazendo os objetos, as coleções serão formadas e poderão se juntar às demais que vocês já construíram anteriormente.

Para ajudar os profissionais na área de saúde e educação, a Neuropsicopedagoga Clínica e Mestre em Educação Renata Bringel, ministra o curso Online Testes de Rastreio para Autismo (TEA) e Atrasos no Desenvolvimento Infantil entre outros. Os cursos online realizados pela Professora Renata estão disponibilizados no site www.renatabringel.com.br

Referência:

Autor: Evandro Tortora

Mentor: Nilcileni Aparecida Ebani Brambilla Especialista do subgrupo etário: Karina Rizek

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