Brincando com a sonoridade das palavras

Brincando com a sonoridade das palavras. Investigar é um ato extremamente lúdico e natural para as crianças.
Brincando com a sonoridade das palavras. Investigar é um ato extremamente lúdico e natural para as crianças.

Plano de Aula

Brincando com a sonoridade das palavras – Sugestão de idade – Educação Infantil – Crianças de 4 anos a 6 anos e 2 meses.

Campos de Experiência

Escuta, fala, pensamento e imaginação. Corpo, gestos e movimentos.  

Objetivos e códigos da Base

(EI03EF02) Inventar brincadeiras cantadas, poemas e canções, criando rimas, aliterações e ritmos.

EI03CG03) Criar movimentos, gestos, olhares e mímicas em brincadeiras, jogos e atividades artísticas como dança, teatro e música.

(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades.

Tema da aula – Brincando com a sonoridade das palavras

O que fazer antes?

Contextos prévios: A vivência dessa proposta pede que você se familiarize previamente com o conteúdo do vídeo do Território do Brincar. Isso te garantirá uma percepção maior acerca das brincadeiras exploradas no vídeo e ampliará as possibilidades de sua mediação durante a atividade. Também é importante considerar que as crianças de seu grupo já tenham vivenciado algumas brincadeiras em que estratégias de participação e interação em duplas tenham sido experimentadas. Aqui sugerimos outro vídeo, “Parara parati” que mostra a brincadeira inteira. Você pode utilizar apenas o áudio para as crianças, se necessário, brincarem e decorarem a música.

Materiais:

Para a proposta desta atividade, será necessário a organização de recursos digitais, como computadores ou notebooks conectados a um projetor e a uma rede de internet. Considere ainda que há a proposição de gravar digitalmente as experiências das crianças. Por isso, preveja o dispositivo do qual fará uso nesse momento e prepare-o com antecedência.

Espaços:

Observe a necessidade de um espaço para realização da roda de conversa, que acontecerá no início da vivência. Nele, você apresentará às crianças o vídeo, que será a inspiração inicial da proposta. Portanto, é importante garantir que elas estejam sentadas de forma confortável, para que seja possível a visualização por todas. Também é necessário assegurar o acolhimento das percepções das crianças acerca do conteúdo do vídeo. Observe que, posteriormente à visualização do vídeo, as crianças formarão duplas. Sendo assim, considere a flexibilidade do espaço para beneficiar essa organização e a necessidade de movimentação das crianças ao longo da vivência.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 40 minutos

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como as crianças se engajaram na construção de aliterações para a brincadeira? Apoiaram-se umas nas outras? Acolheram as ideias do grupo? Trouxeram contrapontos considerando as vogais?

2. As crianças seguiram os gestos sugeridos no vídeo ou criaram novos, considerando o contexto e os pares envolvidos na brincadeira?

3. Quais estratégias estabeleciam para adequarem seu corpo na brincadeira? Encontravam maneiras que tornavam os movimentos mais fáceis e harmoniosos, ficando mais próximas de sua dupla? Estabeleceram códigos, como piscar, abrir mais os olhar, para indicar a passagem de uma vogal para outra na canção?

O que fazer durante?

1 – Convide o grupo para se reunir em roda com você. Comente que, recentemente, assistiu a um vídeo em que as crianças participavam de brincadeiras que cantavam e faziam movimentos corporais, como palmas. Você pode questionar se as crianças conhecem alguma brincadeira desse tipo. Caso receba uma resposta positiva, peça que demonstrem a maneira de brincar. Depois de as crianças compartilharem suas brincadeiras conhecidas, convide-as para assistir ao vídeo. Nesse momento, oriente-as para que se acomodem de modo que permita que todas as crianças do grupo consigam estabelecer uma boa visualização da projeção. Confira se todas estão confortáveis, e, então, iniciei a exibição do vídeo. Aprecie junto às crianças. Quando chegar ao final da apresentação, proponha uma conversa sobre as brincadeiras representadas no vídeo.

Possíveis falas e ações do professor: Então, turma, vocês já brincaram com alguma brincadeira demonstrada no vídeo? Qual dessas brincadeiras vocês não conheciam? Qual vocês mais gostaram ou menos gostaram? Por quê?

2 – Após as expressões das ideias das crianças sobre o conteúdo do vídeo, diga que uma brincadeira chamou mais sua atenção e que irá retornar o vídeo para que possam visualizá-la. Retorne até o tempo de 1m27s, em que a brincadeira “Parara parati” é representada. Convide o grupo para que observem com atenção e tentem perceber detalhes desta brincadeira. Ao término da exibição, investigue com as crianças as mudanças presentes na brincadeira. Nesse momento, pergunte se elas saberiam dizer o que muda entre a primeira, a segunda e a terceira vez que as crianças cantam. Atente-se ao fato de que cada criança tem seu estilo de perceber as informações. Assim, nesse momento de destacar a brincadeira que impulsionará a atividade, considere que algumas crianças prestarão mais atenção nos gestos realizados, outras na canção que acompanha a brincadeiras e outras observarão detalhes, como a alteração sonora, por exemplo. Escute atentamente as ideias que trazem e observe se alguma criança traz a percepção de que há mudança na sonoridade das palavras da canção. Caso nenhuma criança traga essa observação, indique, chamando a atenção para a letra da canção e para a troca de vogais. Para evidenciar as mudanças, convide as crianças a assistirem a brincadeira mais uma vez.

3 – Quando as crianças perceberem as mudanças de sonoridade presentes na canção da brincadeira, converse com elas. Convide-as a pensarem sobre quais outras formas poderiam cantar e como ficaria a canção. Organize as falas, oportunizando que experimentem e testem as possibilidades pensadas por elas, trazendo para o momento um contexto lúdico em que as crianças ampliam o repertório para a brincadeira de forma divertida. Acompanhe as investigações que a turma fará para construir as novas versões, atentando-se para as mais variadas formas de construção. Não interfira ou chame a atenção direta quanto a alteração das vogais para a mudança da sonoridade da brincadeira. Permita que elas testem e troquem entre si, potencializando a investigação que estão fazendo. Sendo assim, acolha as percepções das crianças, inclusive se trouxerem consoantes como uma nova possibilidade.

Possíveis falas e ações das crianças: Ah, já sei! Olha, pararaparati, perereperiti, piriripiriti, pororoporoti… Tá vendo? A música muda!

Possíveis falas e ações do professor: Considerando que a criança, ao expressar sua percepção acerca da canção, revela conhecer a alteração sonora, o professor pode lançar essa percepção ao grupo, buscando que crianças a ampliem. A depender do grupo, o professor pode propor a escrita dessas palavras no quadro, sugerindo que as crianças ditem, para que observem a alteração sonora mediante a vogal.

4 – A partir disso, convide as crianças para que, em duplas, criem gestos e brinquem com a canção. Após um certo tempo de brincadeira, proponha que cada dupla escolha uma variação da letra da música, ou seja, uma vogal para brincarem, criando novos gestos. Diga que, depois, elas irão apresentar essa nova forma para os colegas. Combine com elas que você irá gravar as apresentações, para que depois vocês compartilhem a brincadeira em vídeo com as crianças de outras salas. Acorde com a turma o tempo que as duplas terão para treinar o jogo de mãos com a variação da vogal escolhida. Conforme indicarem que estão prontas, peça que se acomodem novamente em roda.

Para finalizar:

Assim que todos os pares estiverem reunidos em roda, organize as apresentações, combinando com o grande grupo qual dupla será a primeira e qual será a sequência das demais. Ressalte que, assim que a dupla iniciar a apresentação, você dará inicio a gravação. Portanto, há necessidade de que, neste momento, as outras crianças cuidem para não interferir na apresentação das duplas, de modo a garantir a qualidade da gravação da voz e movimentos corporais dos colegas.

Desdobramentos

Você pode dar continuidade a essa atividade perguntando às crianças com quais canções ou parlendas conhecidas por elas seria possível fazer a mesma brincadeira. A partir das ideias das crianças, proponha que elas escolham uma canção ou parlenda que gostam e se organizem em duplas, trios ou quartetos, para brincarem fazendo alterações nas palavras a partir da inserção de vogais. Considere filmar essas novidades para compor uma coletânea de brincadeiras cantadas da turma.

Para ajudar os profissionais na área de saúde e educação, a Neuropsicopedagoga Clínica e estre em Educação Renata Bringel, ministra o curso Online Testes de Rastreio para Autismo (TEA) e Atrasos no Desenvolvimento Infantil entre outros. Os cursos online realizados pela Professora Renata estão disponibilizados no site renatabringel.com.br

Referência:

Autor: Clarice Fernandes

Mentor: Camila Bon

Especialista do subgrupo etário: Karina Rizek

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