ABA para o Autismo – Análise Comportamental Aplicada

ABA é uma análise comportamental aplicada que utiliza técnicas baseadas na teoria da aprendizagem para modelar comportamentos.

ABA é uma análise comportamental aplicada que utiliza técnicas baseadas na teoria da aprendizagem para modelar comportamentos novos e importantes em indivíduos com determinados excessos ou déficits comportamentais.

 O ABA é baseado em teorias comportamentais que afirmam que os comportamentos desejados podem ser ensinados por meio de um sistema de recompensas e consequências.

Autismo

O Autismo é classificado pelo Manual do Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5 – como Transtorno do Espectro Autista.

Pessoas com TEA Transtorno do Espectro Autista apresentam prejuízos significativos no processo de desenvolvimento. Segundo a APA – Associação Americana de Psiquiatria alguns déficits são; problemas na interação social, reciprocidade, problemas na comunicação, padrões restritos e repetitivos de atividades e interesses, adesão insistente e rígida a rotinas e, ainda, alterações nas respostas sensoriais (com hiper ou hiporreatividade), falha na capacidade de compreender a intencionalidade. Alguns autistas apresentam comportamentos atípicos como; birras longas, estereotipias (interesses ou atividades repetitivas e restritas), autoagressões – físicas ou verbais e outros.

Intervenção como o ABA realizada no ambiente domiciliar e escolar aplicada em cada fase do ciclo de vida da criança é de suma importância para a melhora do desenvolvimento cognitivo e comportamental do Autista.

Análise Comportamental

 Após o lançamento do livro A Origem das Espécies (A Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural, ou Preservação das Raças Favorecidas na Luta pela Vida) de Charles Robert Darwin em1859, deu-se início a vários estudos sobre a vida e o comportamento humano, como por exemplo, o behaviorismo.

O behaviorismo (do inglês behavior = comportamento) é o conjunto de abordagens, que propõe o comportamento publicamente observável como objeto de estudo da psicologia.

Nas primeiras décadas do século XX a primeira pessoa a experimentar e escrever sobre o behaviorismo do ponto de vista psicológico foi o russo Ivan Pavlov, cujos famosos experimentos com cães mostraram que um animal (ou pessoa) poderia ser ensinado a se comportar de uma maneira particular por meio do condicionamento.

Dr. John B. Watson psicólogo americano, baseado nos estudos de Pavlov, continuou os estudos sobre o behaviorismo incentivando mais pesquisas sobre comportamentos.

 Um dos psicólogos que mais se destacou no estudo do behaviorismo foi Burrhus Frederic Skinner com seu livro “Ciência e Comportamento Humano” em 1953. Esta ferramenta analítica desenvolveu mais estudos ao tema complexo.  Um grande estudioso foi o Professor e Psicólogo Ivar Lovaas.

Difusor do ABA para o Autismo – Análise Comportamental Aplicada

 ABA – Análise Comportamental Aplicada é um campo de estudos enorme, com uma história que remonta, mais de 100 anos. Tendo vários, e não um único criador.

O Dr. Ivar Lovaas foi um dos maiores pesquisadores do autismo e responsável pelo desenvolvimento de um dos métodos mais bem sucedidos e recomendados. Dr, Lovaas  difundiu o ABA Análise Comportamental Aplicada (Applied Behavior Analysis) para o tratamento e acompanhamento de pessoas com autismo e outros déficits cognitivos.

Ole Ivar Lovaas nasceu na Noruega em 8 de maio de 1927, mas desenvolveu seus trabalhos na UCLA (University of California in Los Angeles), onde fundou um centro para tratamento de autistas: o The Lovaas Institute.

Em 1987 Lovaas publicou no Journal of Consulting and Clinical Psychology um estudo mostrando ser possível, com a aplicação integral e intensiva de princípios da teoria da aprendizagem, levar melhorias substanciais para o autista. Metade das crianças submetidas ao ABA obteve desempenho dentro dos limites “normais” em certos testes padrão. Significando que essas crianças foram capazes de frequentar a escola sem apoio especial. 

Controvérsias a respeito do ABA

Quando começou a usar o ABA, Dr.Lovaas não hesitou em aplicar punições por não cumprimento, algumas das quais muito severas. Essa abordagem foi modificada na maioria das situações, mas ainda está em uso em alguns ambientes.

Atualmente “punição” foi substituída por “retenção de recompensas”. Por exemplo, uma criança que não responde adequadamente a um “mando” (comando) não receberá uma recompensa (reforçador) como sua comida favorita.

Algumas pessoas não concordam com esse tipo de ensino, ao mesmo tempo, muitos pais consideram o ABA como a melhor opção de tratamento para seus filhos.

ABA – Análise Comportamental Aplicada em criança com autismo

A Análise do comportamento aplicada (ABA) pode ser aplicada em casa, quando a criança é muito pequena. A intervenção precoce é importante. Esse método também pode beneficiar crianças maiores e adultos, sendo aplicado em escolas.

 A sessão de ABA normalmente é individual. O Método segue uma agenda de ensino em período integral de 30 a 40 horas semanais. O programa rejeita punições, concentrando-se na premiação do comportamento desejado. O currículo a ser efetivamente seguido depende de cada criança em particular, mas geralmente é amplo. O intenso envolvimento da família no programa é uma grande contribuição para o seu sucesso.

(Foto: Divulgação) ABA

ABA Análise Comportamental Aplicada

As habilidades ensinadas com foco no ensino de comportamentos sociais são:

  • Contato Visual;
  • Comunicação Funcional;
  • Comportamentos Acadêmicos;
  • Pré-requisitos para leitura, escrita e matemática;
  • Atividades da vida diária como higiene pessoal;

Ensinos para a redução de comportamentos inadequados como:

  • Agressões; 
  • Estereotipias;
  • Autolesões;
  • Agressões verbais;
  • Fugas de Atividades;

Para a aplicação da Análise do comportamento aplicada (ABA) o profissional tem que ser muito bem treinado no uso dos procedimentos comportamentais que controlam as respostas inadequadas.

O número de horas é fundamental em idade pré-escolar, quanto mais horas à criança usufruir de intervenção, maiores são os ganhos no desenvolvimento e maiores são as perspectivas de reabilitação e integração na comunidade.

Aplicando o ABA

Estudos de caso demonstram que se uma terapia comportamental for focada nos maiores déficits de uma criança, através da estruturação de uma rotina natural, criando oportunidades de aprendizagem em ambiente estruturado as aprendizagens acontecem com maior facilidade.

Para ajudar os profissionais na área de saúde e educação, a Neuropsicopedagoga Clínica e Mestre em Educação Renata Bringel, ministra os cursos onde apresenta Testes de Rastreio para Autismo (TEA) e Atrasos no Desenvolvimento Infantil e ABA NA PRÁTICA. Os cursos online realizados pela Professora Renata estão disponibilizados no site www.renatabringel.com.br   

Referência:

GOMES, Ítalo Bruno et al. Meu filho é autista. E agora?: treino de pais, análise do comportamento aplicada ao transtorno do espectro autista. 2020

LEAR, Kathy. Ajude-nos a aprender. Help us Learn: A Self-Paced Training Program for ABA Part, v. 1, 2004.

ASSUNÇÃO, Sónia. 4. ABA–TRATAMENTO E RESULTADOS NAS PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO DO AUTISMO. ASociedade PORTUGUESA DE ENFERMAGEM DE SAÚDE MENTAL, p. 36.

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