Comportamento adaptativo na deficiência intelectual

O comportamento adaptativo é um conjunto de habilidades desenvolvidas pelo sujeito para funcionar frente às demandas da vida diária.
O comportamento adaptativo é um conjunto de habilidades conceituais, sociais e práticas desenvolvidas pelo sujeito para funcionar frente às demandas da vida diária.

Comportamento adaptativo

O comportamento adaptativo são habilidades que permite as pessoas a se adaptarem efetivamente, nas atividades diárias, em casa, na escola, no trabalho e na comunidade. Déficits nessas habilidades podem limitar a independência dessas pessoas.

O ambiente familiar é a base para o desenvolvimento do ser humano. As pessoas com deficiência intelectual, de caráter permanente ou não, necessitam de um instrumento que avalie seu comportamento adaptativo para planejar algum tipo de intervenção que possa ajudá-los a obter alguma autonomia. Existem instrumentos capazes de contribuir para fornecer aos pais, pistas para seguir e apoiar os filhos de modo positivo e útil.

Deficiência Intelectual e o comportamento adaptativo

Segundo a Associação Americana de Deficiências Intelectual e do Desenvolvimento (AADID): A deficiência intelectual é caracterizada pela limitação significativa tanto no funcionamento intelectual como no comportamento adaptativo que se expressam nas habilidades conceituais, sociais e práticas. A deficiência origina-se antes dos 18 anos de idade.

Esta definição favorece a compreensão e o planejamento dos apoios necessários à pessoa com deficiência intelectual, contribuindo desta maneira para sua qualidade de vida e sua inclusão social.

Associação Americana de Deficiências Intelectual e do Desenvolvimento

A AADID é sediada em Washington, Estados Unidos, tendo como principal finalidade estudar a deficiência intelectual. Sobre o tema formula definições, terminologias, conceitos, informações, orientações e sistemas de classificações. Vem divulgando seus conhecimentos e avanços mediante a elaboração de manuais publicados ao longo dos anos. O primeiro manual é datado de 1921 e o último de 2010.

Neste manual a AADID apresenta, além do comportamento adaptativo, uma escala de dimensões de apoio com o intuito de planejar e empoderar pessoas com deficiência intelectual a desfrutarem uma vida ideal obtida através de serviços baseados nas necessidades individuais.

Escala de dimensões de apoio:

Dimensão I: Habilidades intelectuais – O conceito de habilidades intelectuais está associado ao de funcionamento intelectual, refletindo o que se considera comportamento inteligente. Por sua vez, o comportamento inteligente dependente de outros fatores individuais, tais como o comportamento adaptativo da pessoa, sua saúde física e mental, bem como as oportunidades de participação em atividades relevantes nos contextos onde vive e convive. O funcionamento intelectual reflete, portanto, a capacidade para compreender o ambiente e reagir a ele adequadamente.

Dimensão II: Comportamento Adaptativo – O comportamento adaptativo é um conjunto de habilidades conceituais, sociais e práticas desenvolvidas pelo sujeito para funcionar frente às demandas da vida diária, de modo a responder às situações particulares do seu ambiente físico e social. Várias competências estão implicadas no conceito de habilidades adaptativas e podemos assim exemplificá-las, nos três domínios desta dimensão:

(a) Habilidades Conceituais – Representam exemplos de habilidades conceituais: linguagem receptiva e expressiva; letramento e escrita; numeramento; conceitos de dinheiro, tempo; comportamento autônomo e independente, dentre outros.

(b) Habilidades sociais – São expressões de habilidades interpessoais: responsabilidade social; prudência (cautela); autoestima consistente; observância de regras e leis; capacidade de solucionar problemas sociais; evitar ser vitimizado(a), dentre outros.

(c) Habilidades Práticas – Representam exemplos de habilidades práticas: autocuidado (alimentar-se, preparar alimento, deslocar-se, higienizar-se; vestir-se, etc.); habilidades ocupacionais; uso do dinheiro; segurança; cuidados com a saúde; uso de transporte e viajem; cumprimento de rotinas; uso de equipamentos e recursos como telefones, dentre outros.

Dimensão III: Saúde – O conceito de saúde tem sido ampliado para referir-se ao estado de bem estar físico, mental e social, segundo a Organização Mundial da Saúde (1993). O estado de saúde de uma pessoa pode afetar seu funcionamento em todos os aspectos. Problemas de saúde compreendem desordens, doenças ou injúrias orgânicas.

Dimensão IV: Participação – Participação refere-se ao desempenho da pessoa nos domínios da vida social. Diz respeito aos papéis que desempenha na comunidade, em diferentes contextos, e às suas interações na vida familiar, no trabalho, na educação, no lazer, nas atividades espirituais e culturais.

Dimensão V: Contexto – O conceito de contexto implica as múltiplas e inter-relacionadas condições nas quais a pessoa vive seu cotidiano. É constituído de fatores ambientais (físicos e sociais), influências atitudinais e fatores pessoais (gênero, idade, raça, história de vida, escolarização, etc.), que representam a bagagem de vida da pessoa. Os fatores contextuais podem ter impacto sobre a pessoa e deve, portanto, ser considerado na avaliação do funcionamento humano. O contexto envolve pelo menos três níveis:

 (a) Espaço social imediato (família, cuidadores).

 (b) Vizinhança, comunidade, escola, serviços de apoio.

 (c) Influências culturais, sociopolíticas e societais mais ampla, do país e da nação. Essas influências contextuais são significativas porque frequentemente determinam o quê à pessoa faz, com quem, onde faz e quando faz. Ou seja, são determinantes de suas atividades e participação.

Para ajudar os profissionais na área de saúde e educação, a Neuropsicopedagoga Clínica e Mestre em Educação Renata Bringel, ministra o curso Online TDAH, Avaliação e Intervenção entre outros. Os cursos online realizados pela Professora Renata estão disponibilizados no site www.renatabringel.com.br

Referência:

DÉO, ADRIANA FORTES; PEREIRA, JEANETE APARECIDA FERRI. A triangulação entre deficiência intelectual, funcionalidade humana e apoios. Revista DICA, Agudos, n. 4.

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