Operante Verbal – Mandar (ou comportamento de mando)

Um operante verbal é chamado de mando quando a resposta verbal é emitida sob controle de condições específicas de privação ou da presença de estimulação aversiva.
Um operante verbal é chamado de mando quando a resposta verbal é emitida sob controle de condições específicas de privação ou da presença de estimulação aversiva.

Operante Verbal

Operante Verbal são categorias denominadas por Skinner (1957/1978) de acordo com suas variáveis de controle (antecedentes e consequentes) e com sua topografia (falada ou escrita). Sendo eles: ditado, textual, ecóico, transcrição, mando, tato, intraverbal e autoclítico.

Operante Verbal- Mandar ou comportamento de mando – são respostas verbais, vocais ou motoras, controladas por eventos encobertos, ligados a estados motivacionais. controle antecedente de estados motivacionais e seu reforço é específico em relação à resposta. Para Skinner (1953/2000), um estado motivacional se refere simplesmente às operações de privação, saciação e estimulação aversiva. Esse operante verbal permite ao falante a emissão de uma resposta que especifique o estímulo reforçador para a solução do estado motivacional. Por exemplo, um falante sedento pode pedir água a um ouvinte e seu comportamento ser reforçado ao receber a água (LAGE 2005).

Mandar (ou comportamento de mando) segundo Skinner

O comportamento de mando é definido como “um operante verbal em que a resposta é reforçada por uma consequência característica e está, portanto, sob o controle funcional de condições relevantes de privação ou estímulo aversivo” (Skinner, 1957/1978, p. 56 cita CÓRDOVA 2012). Dessa forma, o mando pode ser identificado como um operante verbal que constitui uma relação funcional em que a forma (ou topografia) da resposta é determinada por uma consequência específica, não tendo uma relação direta, como no caso dos demais operantes, com um estímulo discriminativo. Michael (1982) Cita CÓRDOVA 2012, ao realizar a distinção entre as funções discriminativas e motivacionais do estímulo, retoma o uso do termo operação estabelecedora (OE) apresentado inicialmente por Keller e Schoenfeld (1950 cita CÓRDOVA 2012). Segundo Michael (1988), operação estabelecedora é “um evento ambiental, operação ou condição do estímulo que afeta o organismo pela alteração momentânea do efeito reforçador de outros estímulos e a frequência de ocorrência de uma parte do repertório do organismo para aqueles eventos como consequência”.  A partir dessa revisão, a definição de comportamento de mando seria, então, um operante verbal em que uma reposta particular é reforçada por uma consequência específica e está sob o controle funcional de uma operação estabelecedora relevante para tal consequência (Michael, 1993 cita CÓRDOVA 2012).

Definição do operante verbal – Mandar

Operante Verbal Mandar (ou comportamento de mando): são respostas verbais, vocais ou motoras, controladas por eventos encobertos, ligados a estados motivacionais ou afetivos (Matos,1991)   e   mantidas   por   consequências   que reduzam  a  privação  geradora  dos  quadros motivacionais   antecedentes.   As consequências, é claro, são providas por meio de um ouvinte; a resposta deve manter identidade funcional com o comportamento do ouvinte, na medida em que explicita os reforçadores a serem providos.  O mando é, portanto, a categoria de operantes verbais que as pessoas emitem quando dão ordens, fazem pedidos, formulam perguntas, dão conselhos, mencionam (tateiam) os reforçadores de que estão privados. Os repertórios de mando são instalados em situações nas quais esses operantes verbais, uma vez emitidos – sob privação ou estimulação aversiva – são seguidos de uma consequência reforçadora que reduz essa privação específica ou elimina a estimulação aversiva. Exemplos de comportamento de mando: “Moço, me de um sorvete de cupuaçu”; “Milton, venha cá imediatamente”; “Que horas são?” (DA SILVA BARROS 2003).

 Operantes verbais disfarçados

Algumas vezes, ao analisarmos repertórios verbais, é preciso levar ao extremo a ideia de que eles não têm uma topografia a ser levada em conta na sua definição e que o importante é o efeito que produzem no ouvinte e consequentemente, no ambiente social e no ambiente  físico.   Considere-se o seguinte exemplo: Suponha-se que Júlia e seu namorado tenham ido passear no shopping no dia dos namorados.  Júlia para bem em frente a uma vitrine que mostra uma camiseta caríssima e diz “Essa camiseta é linda! Como eu ficaria feliz se a ganhasse de presente”. Aparentemente essa resposta verbal é um tacto; mas o efeito que pode ter sobre o ouvinte é de um mando: (“Compre essa camiseta para mim!”). De fato, mal Júlia fechou a boca e o namorado já chegava com a camiseta nas mãos, embrulhada pomposamente para presente.

Em muitas situações cotidianas, os mandos são emitidos disfarçados de tacto, seja por educação, ou para a pessoa e esquivar de uma postura autoritária.   Em outros casos, um mando vem disfarçado de outro mando. A mãe diz para o filho: “Por que você não retira logo seu material escolar da mesa, antes que chegue a hora do jantar?” (mando disfarçado). Aparentemente, o filho poderia reforçar o mando da mãe fazendo uma exposição clara dos motivos pelos quais não tirará o material da mesa. Isso, na prática poderia contrariar severamente a mãe. Melhor seria se o filho se dirigisse até a mesa e retirasse de lá o material escolar.   Essa modificação do ambiente é que reforçaria o mando emitido pela mãe (DA SILVA BARROS 2003).  

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Referências:

LAGE, M. Independência funcional entre tatos e mando durante a aquisição. 2005. Tese de Doutorado. Tese de mestrado não publicada). Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil.

CÓRDOVA, Lucas Ferraz; LAGE, Mariana; DE FREITAS RIBEIRO, Antonio. Relações de independência e dependência funcional entre os operantes verbais mando e tato com a mesma topografia. Revista Brasileira de Análise do Comportamento, v. 3, n. 2, 2012.

DA SILVA BARROS, Romariz. Uma introdução ao comportamento verbal. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, v. 5, n. 1, p. 73-82, 2003.

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