Plano de aula
Ginástica em todo lugar – Sugestão de Idade – 1 º ano do ensino fundamental – Educação física
Habilidades BNCC:
(EF12EF09) Participar da ginástica geral, identificando as potencialidades e os limites do corpo, e respeitando as diferenças individuais e de desempenho corporal.
(EF12EF10) Descrever, por meio de múltiplas linguagens (corporal, oral, escrita e audiovisual), as características dos elementos básicos da ginástica e da ginástica geral, identificando a presença desses elementos em distintas práticas corporais.
Objeto de conhecimento
Ginástica geral.
Objetivos de aprendizagem
- Identificar as habilidades motoras básicas presentes nas práticas das ginásticas.
- Comparar as habilidades motoras solicitadas nas ginásticas com as de outras práticas corporais e com situações do dia a dia.
- Compreender a importância de aprender e aprimorar as habilidades motoras fundamentais.
Competências gerais
1. Conhecimento
4. Comunicação
5. Cultura digital
Materiais sugeridos
Giz, Folha de caderno, Lápis de cor, Apito, Bola de meia, Bambolês.
Aqui trazemos algumas sugestões de materiais. De acordo com a sua realidade, utilize materiais similares, alternativos ou adaptados para a prática.
Conversa inicial
Com os estudantes em roda de conversa, apresente os Objetivos de aprendizagens previstos para esta aula.
Com o intuito de estimular a discussão/debate sobre o conteúdo da aula, realize um levantamento acerca do conhecimento prévio dos estudantes perguntando: Em quais momentos do dia a dia você realiza movimentos que envolvem gestos, como arremessar, receber, chutar, agarrar, rebater, andar, correr, saltar e equilibrar?
Após o levantamento dos conhecimentos prévios sobre a compreensão dos estudantes acerca das habilidades motoras fundamentais que eles realizam no dia a dia, explane que existem diferenças entre as habilidades motoras fundamentais e explique quais são, a saber: manipulativas, locomotoras e estabilizadoras. Após esse momento, solicite aos estudantes que mencionem em quais momentos do dia a dia realizam os movimentos listados nas habilidades manipulativas, e estabilizadoras e locomotoras. É importante garantir que todos possam se expressar e também ouvir os colegas. Essas práticas são importantes para o desenvolvimento da oralidade e da escuta.
Em caso de estudantes portadores de alguma deficiência, como, por exemplo, a não manifestação da fala, pode participar escrevendo em uma folha de caderno seus exemplos.
Atividade
Habilidades motoras manipulativas
Atividade 1: Solicite aos estudantes que se organizem em um grande círculo e cada um utilize uma bola de meia. Sugira várias tarefas, de acordo com as características da sua turma, como, por exemplo: segurar a bola com a mão direita, com a mão esquerda, virado para cima, virado para baixo, transportando da mão direita para a esquerda e vice-versa, lançar para cima e segurar. É importante iniciar a atividade com tarefas simples para que os estudantes consigam solucioná-la e, a partir daí, ir aumentando o desafio.
Habilidades motoras locomotoras
Atividade 2: Distribua inúmeros obstáculos pelo espaço, como caixas, latas, bolas, cordas, cones, garrafas pet. Peça aos estudantes para iniciarem caminhando pelo espaço que desejarem sem tocar nos materiais dispostos e ao mesmo tempo desviando dos colegas. A seguir modifique o tipo de deslocamento, como ir para a esquerda, para a direita, de costas, sempre devagar e tomando cuidado com os obstáculos e com os colegas. Para o aumento do desafio, sugerimos que disponha os estudantes em linhas ou colunas e, a seguir, sugira para que atravessem de um lado ao outro correndo sem tocar nos objetos. Novamente, de acordo com as características da turma, implemente mais desafios.
Habilidades motoras estabilizadoras
Atividade 3:Oriente os estudantes a realizarem atividades de equilíbrio com e sem materiais. Novamente, comece com tarefas simples, como ficar alguns segundos em um pé só, alternando de um pé para o outro. Peça para andarem sobre as linhas da quadra, sobre uma corda, ou sobre um circuito demarcado com giz. Observe se é possível realizar algumas atividades em duplas, sendo que um estudante se apoia no outro. Outra possibilidade é a de utilizar colchões, solicitando aos estudantes que caminhem por cima e percebam as diferenças entre andar nesse local e no piso duro.
Observação: Em caso de estudantes portadores de mobilidade reduzida, surdez ou cegueira, é necessário adaptar as atividades para que eles possam interagir de modo inclusivo, como, por exemplo: estudante deficiente visual deve estar constantemente acompanhado pelo professor no momento da execução dos movimentos. Em caso de estudantes surdos, é adequado que ele visualize e analise bem os colegas realizando os gestos para que possa tentar executá-los em seguida.
Momento da reflexão
Após a realização das atividades propostas, solicite aos estudantes que se organizem em um grande círculo para dialogarem sobre elas. Inicialmente, peça para que eles se manifestem relatando quais habilidades motoras, postas em prática, cada um deles acredita ter mais desenvolvida em seu corpo e qual menos desenvolvida.
Reflita com eles o quanto esses movimentos e habilidades estão presentes no dia a dia, desde o momento que acordam até o momento em que vão dormir. Reforce junto aos estudantes o quanto elas estão presentes no ato de brincar, em casa, na praça, no parque, no local de trabalho, no ato de limpar a casa e em vários outros momentos.
Fazendo alusão aos movimentos gímnicos, bem como aos movimentos realizados durante a execução das atividades propostas nesta aula, estimule os estudantes a comparar as habilidades motoras básicas presentes nas atividades com as presentes em outras práticas esportivas.
É importante incentivar os estudantes a expressarem-se, permitindo o livre apontamento do que experienciaram, não se preocupando com respostas certas e erradas. Realize observações a partir das falas dos estudantes. Estimule-os, a partir de indagações, a mencionar possíveis situações em que houve conflitos e exclusões, e ainda aquelas em que os estudantes apresentaram condutas positivas e indevidas. Após os relatos dos estudantes, estimule os colegas a refletirem se as dificuldades e facilidades que sentiram foram as mesmas ou diferentes uns dos outros. Dialogar sobre a importância do respeito às diferenças a partir dos relatos dos estudantes.
Sistematização do conhecimento
A partir das reflexões trazidas por eles na roda de conversa, reforce os conceitos das habilidades motoras básicas e sua presença nas práticas das ginásticas e das atividades do dia a dia.
Pontue sobre a importância de se aprimorar as habilidades motoras fundamentais. Afirmando aos estudantes que as habilidades motoras presentes na ginástica estão também presentes em nosso cotidiano, como: correr ao atravessar a rua, saltar uma poça de água, equilibrar-se ao caminhar, girar o tronco, lançar algum objeto. Confirme as hipóteses das discussões com os estudantes sobre a importância de se buscar fortalecer as habilidades motoras mesmo não sendo atleta, tendo em vista que o uso delas se faz presente em vários momentos da vida cotidiana e, com o passar da idade, é normal a diminuição da função motora. Razão pela qual, quanto mais treinadas elas forem, mais eficientes poderão funcionar na fase da vida idosa.
Vale salientar junto aos estudantes que os conhecimentos ora adquiridos podem e devem ser colocados em prática no cotidiano a cada momento que perceberem significado na sua utilização. Reforce ainda que os conteúdos ministrados nas aulas de Educação Física estão por vezes ao nosso redor.
Registro
Sente-se em roda com os estudantes (seja em sala, no pátio ou quadra), no local onde as atividades foram promovidas, oriente-os a, individualmente, destacar uma folha de seu caderno e incentive-os a desenhar nela ilustrações dos movimentos corporais realizados durante as atividades práticas relacionando-os a uma situação do dia a dia. Deixe-os livres para escolher. Peça que nomeiem e identifiquem os movimentos. Após a confecção dos desenhos, construa um painel na sala de aula e, antes de fixá-lo, solicite que cada estudante, de maneira individual, explique o seu desenho e o que aprendeu. Ao final (ou mesmo no início) de cada aula, revisite o painel e resgate o que os estudantes reconhecem nas imagens, quais os objetos do conhecimento desenvolvidos nas atividades ali expostas, o que eles se lembram das aulas anteriores.
Avaliação
A ilustração confeccionada e a explicação dela para os colegas deverão ser consideradas para o processo avaliativo. Atrelado a isso, a participação ativa dos estudantes nas atividades propostas deve ser constantemente observada e as respostas às perguntas também poderão ser importantes ferramentas para saber o que eles aprenderam nas aulas.
Barreiras
Impor realizações técnicas nas atividades propostas.
Utilizar linguagem única para ministrar a aula junto aos estudantes.
Realizar atividades individualizadas com alta complexidade de execução e identificar as habilidades motoras básicas presentes em cada atividade após sua execução.
Sugestões para eliminar ou reduzir as barreiras
Ampliar e adaptar as proposições de movimentação às possibilidades reais dos estudantes.
Auxiliar os estudantes com dificuldade de movimentação ou realizar a atividade em um ambiente mais favorável à inclusão de todos.
Fazer uso de linguagem simples e adequada à faixa etária dos estudantes.
Para ajudar os profissionais na área de saúde e educação, a Neuropsicopedagoga Clínica e estre em Educação Renata Bringel, ministra o curso Online Testes de Rastreio para Autismo (TEA) e Atrasos no Desenvolvimento Infantil entre outros. Os cursos online realizados pela Professora Renata estão disponibilizados no site renatabringel.com.br
Referência:
Autor: Daniel Martins Braga
Coautor: Laércio de Moura Jorge
Mentor: Ricardo Yoshio
Especialista da área: Luis Henrique Martins Vasquinho