Ginástica e o meu corpo: da cabeça aos pés

Ginástica e o meu corpo: da cabeça aos pés permitem realizar uma infinidade de movimentos, não só durante a prática das ginásticas, mas em outras tarefas do dia a dia.
Ginástica e o meu corpo: da cabeça aos pés permitem realizar uma infinidade de movimentos, não só durante a prática das ginásticas, mas em outras tarefas do dia a dia.

Plano de aula

Ginástica e o meu corpo: da cabeça aos pés – Sugestão de Idade – 1 º ano do ensino fundamental – Educação física

Habilidades BNCC:

EF12EF07 EF12EF08 EF12EF09

Objeto de conhecimento

Ginástica geral.

Objetivos de aprendizagem

Identificar as principais estruturas corporais durante as vivências nas ginásticas.

Relatar sobre as experimentações vivenciadas durante a aula.

Testar estratégias para realizar os elementos básicos da ginástica geral.

Respeitar as diferenças individuais entre os estudantes.

Competências gerais

1. Conhecimento

8. Autoconhecimento e autocuidado

9. Empatia e cooperação

Materiais sugeridos

Equipamento de vídeo, equipamento de som, colchonetes, cartazes, ilustrações/fotografias, fita, folha de caderno, lápis de colorir, espelho, giz.

Aqui trazemos algumas sugestões de materiais. De acordo com a sua realidade, utilize materiais similares, alternativos ou adaptados para a prática.

Conversa inicial

Inicie a aula com os estudantes em roda de conversa e comente que irão continuar as práticas da ginástica, dessa vez observando os movimentos que cada parte do seu corpo consegue realizar.

Com o intuito de estimular a discussão/debate sobre o tema, realize um levantamento acerca do conhecimento prévio dos estudantes. Para isso, indague-os sobre determinados movimentos do dia a dia e quais partes do corpo estão associadas a eles. Pode-se realizar essa atividade por meio de uma dinâmica. Os estudantes ficam em pé e devem realizar um determinado movimento que executam diariamente após uma comanda:

Por exemplo:

Comando 1: – Andar!

Os estudantes devem andar pelo espaço.

Pergunta: – Quais partes do corpo são necessárias para andar?

Estudantes: pés, pernas, joelhos etc.

Comando 2: – Escovar os dentes!

Os estudantes devem simular uma escovação de dentes

Pergunta: – Quais partes do corpo são necessárias para escovar os dentes?

Estudantes: mãos, dedos, braços, antebraços etc.

Prossiga com outras regiões do corpo, como tronco, cabeça, pescoço.

Observe as respostas dos estudantes avaliando os seus conhecimentos prévios acerca das partes do corpo e os respectivos movimentos.

Se houver a disponibilidade de um espelho na sua escola, solicite aos estudantes que observem seu corpo e o de um colega, nomeando assim semelhanças e diferenças. Essa atividade deve ser acompanhada no sentido de que se evitem julgamentos que possam ser ofensivos. A ideia é que notem as diferenças e semelhanças, percebam e respeitem a diversidade manifesta em seus corpos.

Durante esse momento em que os estudantes citam semelhanças e diferenças, escreva no quadro cada citação feita. É importante garantir que todos possam se expressar e também ouvir os colegas. Essas práticas são importantes para o desenvolvimento da oralidade e da escuta.

Observe a necessidade de adaptações a esse momento, de acordo com as características da turma. Recursos adicionais como cartazes, vídeos, demonstrações e acompanhamento de estudantes com alguma dificuldade devem ser utilizados.

A seguir, proponha a vivência de alguns elementos básicos das ginásticas.

Atividade

Sugerimos que inicie as atividades demonstrando aos estudantes alguns movimentos e, a seguir, proponha pequenos desafios, de acordo com as capacidades deles. Quando perceber que dominam o movimento, peça que explorem novas formas de execução, sempre prezando pela segurança. Observe aqueles que necessitam de incentivo, acompanhamento ou intervenção.

Atividade 1: Saltos

Explore inúmeras formas simples de se explorar as habilidades motoras do saltar e aterrissar. Inicie com saltos simples, como saltar no próprio lugar e aterrissar com os dois pés, saltar no próprio lugar e aterrissar com um pé só, saltitar em um pé só, saltar horizontalmente com os dois pés para frente, para o lado, para trás, saltar de uma superfície mais elevada e aterrissar com os dois pés, saltar ultrapassando um obstáculo, como uma corda ou outro objeto etc. Essa atividade, assim como as próximas, pode ser feita utilizando elementos de fantasia ou imaginação. Por exemplo, um faz de conta no qual os estudantes estão em uma floresta e devem saltar obstáculos ou saltar para deixar passar um animalzinho que vem correndo em sua direção.

De acordo com as características da turma pode-se ampliar os desafios, como realizar saltos grupados, saltos afastados e saltos em sequência.

Atividade 2: Acrobacias: estrelinha

Sugerimos que previamente assista este vídeo com onze passos para se executar uma estrelinha.

Proponha as vivências sugeridas no vídeo utilizando a corda. Nesse caso, sugerimos pelo menos até o quarto passo, pois no quinto é importante a intervenção dando o apoio à elevação do quadril. Alguns estudantes nessa faixa etária conseguem realizar estrelinha. Peça que demonstrem os movimentos aos colegas e auxiliem, junto com você, os colegas com dificuldade.

Atividade 3: Ponte

Reúna os estudantes e apresente o movimento da ginástica conhecido como “ponte”. Peça que se sentem no chão em cima de colchonetes, com os dois joelhos flexionados e apoiando os pés no colchonete, as mãos e os braços devem ficar apoiados no solo ao lado do corpo na altura do quadril. Em seguida, peça que elevem o quadril do solo, contando ainda com auxílio e apoio das mãos e dos pés, empurrando o chão para se manter na posição. Nessa posição os estudantes poderão ser desafiados a ficar em três apoios, isto é, tirando um ponto de contato do solo. Para essa atividade pode-se também solicitar aos estudantes que se posicionem em duplas. Enquanto um faz a ponte, o outro rasteja por baixo, sem tocá-la.

Momento da reflexão

Após a realização das atividades propostas, solicite aos estudantes que se organizem em um grande círculo para dialogarem sobre elas. Inicialmente, peça para que os estudantes se manifestem relatando se conseguiram perceber as partes do corpo que foram utilizadas nas atividades e que, dependendo do movimento, uma região foi mais solicitada do que a outra. Indague-os quais regiões corporais eles mais sentiram sendo exigida em cada uma das atividades.

Pergunte aos estudantes: Quais movimentos vocês já conheciam? Como foi realizar as atividades com a ajuda dos colegas? Em quais movimentos vocês tiveram mais dificuldades? Quais vocês tiveram mais facilidade? Em qual atividade foram predominantemente utilizados os membros superiores? Em qual atividade foram predominantemente utilizados os membros inferiores? Em qual atividade foi predominantemente utilizado o tronco?Questione-os sobre o uso de todo o corpo para auxiliá-los nos movimentos.

É importante incentivar os estudantes a expressarem-se, permitindo o livre apontamento do que experienciaram, não se preocupando com respostas certas e erradas. Realize observações a partir das falas dos estudantes. Estimule-os, a partir de indagações, a mencionar possíveis situações em que houve conflitos e exclusões, e ainda aquelas em que os estudantes apresentaram condutas positivas ou indevidas. Após os relatos dos estudantes, estimule que os colegas reflitam se as dificuldades e facilidades que os colegas sentiram foram iguais ou diferentes. Dialogar sobre a importância do respeito às diferenças a partir dos relatos dos estudantes.

Sistematização do conhecimento

A partir das reflexões trazidas pelos estudantes na roda de conversa, reforce as regiões corporais (cabeça, pescoço, membros superiores, membros inferiores e tronco) e a importância delas tanto durante as vivências das atividades como em outras situações do dia a dia. Explique como nosso corpo é capaz de realizar muitos movimentos, inclusive os da ginástica.  Comente com eles que os saltos, a ponte e a estrela estão presentes nas práticas dos mais variados tipos de ginásticas, desde a sua forma mais simples até as combinadas com acrobacias de grande dificuldade de execução ou em outras práticas, como nos esportes ou, por exemplo, o aú na capoeira (tipo de estrela).

Comente que cada um de nós tem características corporais próprias e é natural sentir dificuldades em determinados movimentos que parecem fáceis para outros. O importante é sempre procurarmos meios de aumentar nossas possibilidades de movimentações de maneira segura e respeitando os nossos limites. Elogie as situações nas quais houve colaboração e respeito aos colegas.

Pontue sobre importantes elementos das competências que puderam ser desenvolvidos na aula, como a resiliência nos momentos de enfrentar os desafios, a cooperação nos momentos de atividades coletivas, o diálogo para a criação de soluções diante de desafios, a empatia nos momentos de colaboração com os colegas, a ação pessoal em prol do coletivo, entre outras.

Registro e avaliação

Solicite que os estudantes desenhem em uma folha de caderno imagens relacionadas aos movimentos corporais realizados durante as atividades práticas e circulem quais partes do corpo eles utilizaram para a realização de cada movimento.

Após a confecção dos desenhos, construa um painel na sala de aula com os desenhos. Solicite aos estudantes que se identifiquem e auxilie-os a escreverem no desenho o nome do movimento realizado. Durante o desenvolvimento dessa sequência didática, revisite o painel e resgate o que os estudantes reconhecem nas imagens e o que eles se lembram das aulas anteriores. Se julgar necessário, organize um formulário com anotações individuais e coletivas para avaliar o conhecimento dos estudantes.

Desdobramentos

Sugerimos para os desdobramentos que amplie a execução dos elementos básicos das ginásticas, incluindo rolamentos, giros, equilíbrios, entre outros. Retome os desenhos ou solicite que realizem novos desenhos para que assinalem as regiões corporais solicitadas.  Evidencie as experiências dos estudantes.

Inclua movimentações com músicas e materiais que permitam manipulação, como cordas, fitas, bolas, arcos, entre outras.

Insira atividades com elementos do dia a dia dos estudantes. Por exemplo: os estudantes andam em uma calçada e têm de saltar para ultrapassar uma poça de água, um buraco, descer uma guia etc.

Desafie-os também a explorar e combinar movimentos, como, por exemplo, utilizar uma bola combinada com saltos, rolamentos ou equilíbrios.

Para ajudar os profissionais na área de saúde e educação, a Neuropsicopedagoga Clínica e estre em Educação Renata Bringel, ministra o curso Online Testes de Rastreio para Autismo (TEA) e Atrasos no Desenvolvimento Infantil entre outros. Os cursos online realizados pela Professora Renata estão disponibilizados no site renatabringel.com.br

Referência:

Autor: Daniel Martins Braga

Coautor: Laércio de Moura Jorge

Mentor: Ricardo Yoshio Silveira Ribeiro

Especialista da área: Luis Henrique Martins Vasquinho

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