Experimentos de equilíbrio com materiais diversos

Experimentos de equilíbrio com materiais diversos
Experimentos de equilíbrio com materiais diversos

Plano de Aula

Experimentos de equilíbrio com materiais diversos – Sugestão de idade – – Educação Infantil – Crianças pequenas (4 anos a 6 anos e 2 meses).

Campos de Experiência:  Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. Corpo, gestos e movimentos.

Objetivos e códigos da Base
(EI03ET02) Observar e descrever mudanças em diferentes materiais, resultantes de ações sobre eles, em experimentos envolvendo fenômenos naturais e artificiais.

(EI03ET04) Registrar observações, manipulações e medidas, usando múltiplas linguagens (desenho, registro por números ou escrita espontânea), em diferentes suportes.

(EI03CG05) Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses e necessidades em situações diversas.

O que fazer antes?

Contextos prévios:

O dia a dia é cheio de transformações e desperta o interesse das crianças por explorar, investigar e conhecer mais sobre o mundo que as cerca. Neste sentido, fenômenos físicos, como equilíbrio e atuação da força da gravidade, além de chamarem a atenção das crianças, são ricos em possibilidades de exploração. Veja neste artigo como essa professora de matemática proporcionou uma experiência semelhante a nossa proposta de atividade com os alunos dela e inspire-se para que, com você, as crianças pequenas possam se envolver da mesma forma criativa!

Como esta atividade prevê uma organização da sala em cantos com materiais variados, selecione e organize o espaço previamente.

Materiais:

Organize em diversos pontos da sala diferentes cantos com uma diversidade de materiais de largo alcance misturados, como blocos de encaixe, cilindros como pedaços de cano de PVC, tubos de papelão, pequenas tábuas de madeira lixada ou MDF, pratinhos de diferentes diâmetros e espessuras de plástico ou papelão, potes e copos plásticos de diferentes tamanhos e diâmetros, dentre outros. Para se inspirar sobre as possibilidades de uso com os materiais de largo alcance, veja nesse link como professores aproveitaram materiais da indústria têxtil para viabilizar diferentes brincadeiras criativas com as crianças. Papel e lápis de cor para os desenhos. Celular ou câmera fotográfica para fotos e vídeos.

Espaços:

Essa atividade pode ser feita dentro da sala de atividades ou em outro espaço onde seja possível a organização dos materiais em cantos para a brincadeira em duplas com registro. É interessante ser um espaço amplo e livre de móveis, para acolher a organização das duplas. Organize o espaço antes do convite à turma para a brincadeira. O registro será feito em folhas de papel sobre o chão e em frente ao colega que está construindo. Para tanto, ofereça algum material de apoio, como prancheta, livro ou caderno, para que a textura do piso não prejudique o desenho das crianças. Por fim, haverá uma roda com o grande grupo para manifestarem as impressões e descobertas sobre a experiência e socializarem os desenhos.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1.Como as crianças manuseiam os objetos disponibilizados? Planejam antecipadamente ou testam diferentes hipóteses a partir de construções que caíram e observando peças que podem servir melhor para as necessidades?

2. Como as crianças resolvem o problema de uma construção com equilíbrio? Quais as percepções que demonstram ao acrescentar novos objetos ou reconstruir com outras peças buscando o equilíbrio da construção?

3. Quais estratégias utilizadas durante o registro do desenho? As crianças fazem processualmente enquanto os amigos testam hipóteses ou aguardam até que a obra seja finalizada? Buscam ser fiéis ao retratar os objetos ou atentam-se à forma?

O que fazer durante?

1 – Antes de entrar na sala, diga às crianças no grande grupo que você organizou o espaço com um monte de coisas interessantes para brincarem, em duplas, de equilibristas. Instigue-as a levantar hipóteses sobre o que irão encontrar para brincar neste dia. Potencialize suas reflexões com questões, como: alguém já viu um equilibrista? O que ele faz? Que coisas ele usa? Vocês já brincaram de equilibrar coisas?

Após a manifestação das crianças, convide-as para se organizarem nas duplas. Conte que a ideia é criar construções que se equilibrem, sejam pirâmides, torres altas, construções horizontais, dentre outras, e que elas poderão usar dos diferentes materiais que estarão disponíveis. Diga que, nos primeiros 15 minutos, um dos amigos irá brincar enquanto o outro registra por meio de desenho e escrita espontânea suas descobertas: as construções que se mantiveram firmes ou não, onde cada objeto foi colocado, se foi necessária alguma modificação na construção etc. Depois, elas irão trocar de lugar e será a vez do outro construir. Primeiro, elas devem se deslocar pela sala para conhecer a variedade de objetos que foi separada para a brincadeira.

2 – Com certo suspense, abra a porta de modo que as crianças possam ver os objetos que foram separados, se surpreender com eles e confirmar ou não suas hipóteses. Convide-as para passearem juntas pela sala, para conhecerem a variedade de materiais disponíveis nos cantos, descrever o que observam, se existem objetos do mesmo tipo em todos os cantos (cilindros, pratos, blocos etc.) ou se tem materiais diferentes uns dos outros nos cantos (como um cano de PVC que seja maior ou menor que os outros, por exemplo). Dessa forma, elas pensarão nas possibilidades de exploração e de equilíbrio no canto em que cada dupla escolherá se estabelecer. Esteja atento e apoie as iniciativas neste momento, observando como se dão as escolhas nas duplas: se as crianças decidem juntas ou se cada uma demonstra individualmente suas preferências sem conversar com a outra. Oriente as duplas para decidirem quem irá brincar primeiro e quem iniciará com o desenho, se este registro será feito durante a brincadeira em cada hipótese que é testada ou apenas quando o colega finalizar uma construção. Feitos os combinados e cada dupla tendo escolhido seu canto, já podem começar a brincar.

3 – Comente que, caso precisem de algum dos objetos que outra dupla selecionou e não há mais disponíveis, elas podem conversar com os colegas e fazer trocas entre os diferentes materiais disponíveis para brincar. Interaja com as duplas trazendo elementos que ampliem e questionem suas interações com os objetos e as possibilidades associativas entre materiais de formas diferentes ou iguais. Tenha o cuidado de não se antecipar às iniciativas delas ou dirigir suas ações. Conversem sobre as hipóteses que as crianças expressam nas escolhas durante a experimentação. Por exemplo: por que pegam pratos maiores do que alguns potes? Por que preferem usar um cilindro mais grosso do que um mais fino na estrutura da construção?

Se possível, tenha em mãos celular ou câmera para registrar este momento, de forma que ele possa ser socializado posteriormente com as crianças.

4 – Esteja atento às interações e descobertas das crianças, suas reações aos materiais oferecidos, ao realizarem alguma ação e observarem o resultado e como se dão as escolhas e experimentações. Caso alguma criança manifeste que não deseja participar deste momento com os colegas, convide-a a participar de alguma outra forma, seja brincando a maneira dela com os materiais disponibilizados ou desenhando outra composição que a agrade. Procure, neste momento, além de observar, oferecer apoios necessários e questionamentos que instiguem a curiosidade das crianças sobre o que estão experimentando.

Possíveis falas do professor nesse momento: Uau! Essa torre que você construiu havia ficado bem grande, heim? Por que será que ela caiu? Como será que você pode fazer para que ela fique em pé? Tem algum outro objeto que pode te ajudar com isso?

5 – Preste atenção nas investigações que as crianças realizam em cada uma das duplas. Pode ser que algumas crianças utilizem materiais apenas de um mesmo tipo para suas construções, como os blocos de encaixe, enquanto outras duplas optam por misturar materiais diferentes. Problematize suas escolhas perguntando, por exemplo, por que estão utilizando um objeto em detrimento de outro ou se já tentaram utilizar outro objeto de formato semelhante, só que maior. Ao falar e argumentar sobre as escolhas, sobre as estruturas montadas e os resultados que observa, a criança organiza o pensamento projetando novas hipóteses. Algumas crianças podem se impressionar com construções altas, enquanto outras se concentram com um pequeno número de objetos, buscando equilibrá-los aos poucos. Todas as iniciativas são válidas. Acompanhe o que se procede nas duplas, instigando-as às novas possibilidades. Sugira o uso de outros materiais ou aumentar a quantidade, elevando, com isso, o grau de desafio, incentivando o colega que registra a também manifestar sua opinião. Registre com fotos as construções feitas pelas crianças para que todas tenham a oportunidade de conhecer as obras das colegas em outro momento.

6 – Preste atenção também na criança que está registrando: o que ela busca representar? As ações do colega, como colocar ou retirar uma peça, ou as construções que são feitas?

Observe se aquela que registra procura retratar exatamente os objetos e suas quantidades ou se faz algum desenho com menos detalhes. Incentive que o colega que está construindo veja o desenho do amigo e opine se está de acordo ou se há algum elemento importante na construção que não foi levado em consideração no registro. Ao registrar a brincadeira do colega, além da interação que se estabelece, a criança elabora o pensamento lógico, confrontando as hipóteses do colega com as suas e ficando atenta à forma resultante da construção em equilíbrio e à ação desenvolvida pelo outro, intervindo, se desejar.

Possíveis falas da criança nesse momento: Eu consegui equilibrar 5 potes porque coloquei os maiores embaixo e você desenhou o maior em cima, assim não daria certo!

7 – Auxilie as crianças no controle do tempo, para que elas possam se organizar, garantindo que os dois componentes da dupla tenham a possibilidade de brincar e realizar o registro antes de se reunirem no grande grupo. Sinalize quando faltar 5 minutos, para que cada um encerre sua parte e troque de lugar. Peça para finalizarem suas construções, os equilíbrios que estão investigando e concluírem detalhes do desenho. Assim que ambos da dupla tiverem brincado e registrado, quando estiver chegando próximo do momento de finalizar esta etapa da atividade, avise que, em 5 minutos, precisam concluir para se reunirem em roda. Passados os cinco minutos, comente que chegou o momento de desmontarem as construções, guardarem os materiais no local indicado por você e se organizarem em roda para compartilharem as descobertas feitas na brincadeira. Você pode iniciar uma brincadeira que os motive a auxiliar neste momento, fazendo, por exemplo, uma contagem regressiva com entusiasmo ou tampando seu rosto e contando, como em uma brincadeira de esconde-esconde.

Para finalizar:

Já em roda com o grande grupo, convide as crianças para conversarem sobre a experiência de brincar de equilibrista com os materiais disponíveis. Incentive-as a se manifestar tanto sobre o equilíbrio quanto sobre observar e registrar as construções feitas pelo amigo. Instigue-as a contar como se sentiram durante a brincadeira, se havia algum objeto ou estratégia de equilíbrio que chamou sua atenção etc. Coloque-se a partir do que as crianças trazem, evitando antecipar suas falas e respeitando aquelas que não querem falar neste momento. Estimule-as a se manifestarem caso tenham observado estratégias das outras duplas, se há algo que os amigos fizeram e que ainda não tiveram oportunidade de fazer por estarem envolvidas em suas próprias investigações. Possibilite que as crianças socializem seus desenhos se desejarem, comentando sobre as dificuldades neste processo, qual estratégia combinaram utilizar durante os registros, o que a dupla observou ao comparar o desenho com a construção elaborada etc. Finalizada a conversa, convide as crianças para verem o que precisa ser organizado na sala para que vocês possam se dirigir à próxima atividade do dia.

Para ajudar os profissionais na área de saúde e educação, a Neuropsicopedagoga Clínica e estre em Educação Renata Bringel, ministra o curso Online Testes de Rastreio para Autismo (TEA) e Atrasos no Desenvolvimento Infantil entre outros. Os cursos online realizados pela Professora Renata estão disponibilizados no site renatabringel.com.br

Referência:

Autor: Sandra Bonotto

Mentor: Wildes Gomes de Campos

Especialista do subgrupo etário: Karina Rizek

Compartilhe:

Telegram
Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Twitter
Email

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Outros Artigos

© 2019 Renata Bringel Todos direitos Reservados CNPJ: 30.832.565/0001-04

✍🏽Através do Curso “Terapia ABA na Prática”, você aprenderá as habilidades e técnicas necessárias para se tornar um aplicador. O curso te ajudará a entender e dominar a intervenção nos casos específicos de autismo. É isso que vai tornar você um profissional acima da média.

📲Conhecimento transforma vidas. Clique em “Saiba mais” e garanta sua vaga. Te vejo na aula!

Preencha o formulário abaixo para ver mais informações sobre a

Inventário Portage Kit de Materiais

Preencha o formulário abaixo para ver mais informações sobre a

Inventário Portage Kit de Materiais

Preencha o formulário abaixo para ver mais informações sobre a

Caixa adaptada de materiais para aplicação de ADOS 2

Preencha o formulário abaixo para ver mais informações sobre a

Caixa de materiais para aplicação de PEP R

Preencha o formulário abaixo para ver mais informações sobre a

Caixa adaptada de materiais para aplicação de ADOS 2

Para garantir sua VAGA, preencha o formulário abaixo.