Criança Autista ou com TEA?

Autismo TEA Transtorno do Espectro do Autismo
Qual terminologia usar? Criança com Autismo ou Transtorno do Espectro Autista TEA

Você sabe qual termo usar para tratar um Autista? De tempos em tempos, a revisão da literatura científica feita por pesquisadores, é realizada pelo mundo, atualizando as nomenclaturas existentes, com o intuito de amenizar a discriminação da condição do Autista.

Revistas cientificas atualizadas, Grupos de Advogados, defensores e profissionais da área de saúde estão usando o termo “Criança com Autismo”, descrevendo em primeiro lugar a pessoa e depois a condição.  Também é correto usar primeiro a identidade “Autista” ou “Autismo”. Estas informações constam no relatório – Práticas Baseadas em Evidências para Crianças, Adolescentes, e Jovens com Transtorno do espectro do Autismo ©2020- realizado pela The University of North Carolina at Chapel Hill, Frank Porter Graham Child Development Institute, National Clearinghouse on Autism Evidence and Practice Review Team.

Será tudo Transtorno do Espectro Autista código 6A02.

Até o final do século 20 e começo do século 21 o termo Autismo era usado para definir crianças com Transtornos Globais de desenvolvimentos como movimentos repetitivos e prejuízos na fala. A partir de 2013 com a atualização do Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais – DSM versão 5, feito pela  APA American Psychiatric Association. O Autismo passou a ser considerado uma condição do “espectro”. Espectro significa que existe uma série de habilidades e dificuldades que as pessoas com autismo possuem. Algumas podem apresentar inteligência média ou acima da média e precisam de pouco apoio ou muito apoio para sua independência. O termo Transtorno do Espectro Autista passou a ser utilizado, englobando neste termo várias denominações que constam na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde versão 10 (CID10). Denominações essas, que não constarão mais na versão 11CID11, como por exemplo, a Síndrome de Asperger, Síndrome de Rett, Transtorno com Hipercinesia Associada a Retardo Mental e a Movimentos Estereotipados, Autismo Atípico, Autismo Infantil e outros.

Todos pelo bem estar do Autista

A preocupação com o bem estar da criança e adulto com autismo vem crescendo pelo mundo. Facilitar as tantas dificuldades encontradas no curso de vida por esses indivíduos e suas famílias é desafiador. Por isso, cada vez mais profissionais da saúde, escolas, pesquisadores e sociedade civil estão se unindo. Através de novas pesquisas científicas baseada em evidencias, intervenções em novas práticas de diagnósticos, ações educacionais e serviços terapêuticos. Tudo pensado em ações realmente efetivas para o bem estar e a independência do Autista.

Lei 12.764 Berenice Piana

No Brasil foi criada a LEI Nº 12.764, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2012. que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Essa lei leva o nome de uma Mãe Ativista que luta pelos direitos sociais e políticos de pessoas com Autismo. Apesar de todos os benefícios contidos na Lei 12.764 o resultado não foi satisfatório, segundo o artigo escrito pelo Professor Kenneth Rochel Camargo Júnior e a Colaboradora Clarice Rios do Instituto de Medicina Social, Centro Biomédico, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, devido a uma conturbada relação entre o movimento político de pais de autistas e a rede de saúde mental. A Lei não garante um tratamento especializado referente aos diferentes tipos de diagnóstico do Autismo, reivindicam os pais. Já os profissionais da rede pública de saúde mental criticam o excessivo especialismo, alegando exclusão social experimentada pelos autistas em função do estigma associado a essa condição.

Para ajudar os profissionais na área de saúde e educação, a Neuropsicopedagoga Clínica e Mestre em Educação Renata Bringel, ministra um curso onde apresenta Testes de Rastreio para Autismo(TEA) e Atrasos no Desenvolvimento Infantil. Os cursos online realizados pela Professora Renata estão disponibilizados no site www.renatabringel.com.br    

Referências:

Práticas Baseadas em Evidências para Crianças, Adolescentes, e Jovens com Transtorno do espectro do Autismo ©2020 Sugestão de Citação: Steinbrenner, J. R., Hume, K., Odom, S. L., Morin, K. L., Nowell, S. W., Tomaszewski, B., Szendrey, S., McIntyre, N. S., Yücesoy-Özkan, S., & Savage, M. N. (2020). Evidence-based practices for children, youth, and young adults with Autism. The University of North Carolina at Chapel Hill, Frank Porter Graham Child Development Institute, National Clearinghouse on Autism Evidence and Practice Review Team

RIOS, Clarice; CAMARGO JÚNIOR, Kenneth Rochel. Especialismo, especificidade e identidade-as controvérsias em torno do autismo no SUS. Ciência & Saúde Coletiva, v. 24, p. 1111-1120, 2019.

Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais [recurso eletrônico] : DSM-5 / [American Psychiatric Association ; tradução: Maria Inês Corrêa Nascimento … et al.] ; revisão técnica: Aristides Volpato Cordioli … [et al.]. – 5. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2014

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