A importância da Psicologia Infantil e o brincar

A importância da Psicologia Infantil no desenvolvimento da criança com dificuldades emocionais, físicas e sociais é fundamental.
A importância da Psicologia Infantil no desenvolvimento da criança com dificuldades emocionais, físicas e sociais é fundamental.

Alguns dos benefícios da Psicologia Infantil e o brincar são: a redução dos conflitos em casa e na escola, atingir o bem-estar nos círculos da criança, motivar o desenvolvimento emocional e pessoal, estabelecer estratégias para resolver seus problemas.

Psicologia Infantil

A Psicologia Infantil utiliza a psicoterapia, brincadeiras em que o propósito é ajudar a criança a expressar suas emoções. O profissional em psicologia infantil tem a capacidade de identificar e trabalhar as perturbações psíquicas das crianças utilizando atividades lúdicas, proporcionando a elas um novo sentido a eventos traumatizantes, mostrando alternativas para que lidem melhor com seus conflitos.

A Psicologia Infantil estuda quesitos de cognição, de percepção, de aflições emocionais, das condições sociais e até mesmo físicas.

Características e Conceito do Brincar

Atualmente existem publicados inúmeros trabalhos de pesquisa e conceitos sobre o tema Brincar.  Na Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano (USP) foi publicado o artigo “O Brincar e suas implicações para o desenvolvimento infantil a partir da psicologia evolucionista” pelas autoras Janete Hansen J, Samira M. Macarini, Gabriela D.F.Martins, Fernanda H. Wanderlind e Mauro L. Vieira.

Neste artigo os autores conceituam que ao falar do brincar, é necessário definir tal conceito, diferenciando-o de outras formas de comportamento. No entanto, isso nem sempre é possível, visto que o brincar é um comportamento complexo e suas definições constituem-se, muitas vezes, insuficientes.  Apesar disso, Santos e Bichara (Cita Janete Hansen,  et  al 2007)   colocam que adotar uma definição de brincadeira e estabelecer critérios de identificação são aspectos imprescindíveis e norteadores para o pesquisador que estuda a atividade lúdica.

Com relação à identificação de um evento de brincadeira, Yamamoto e Carvalho (Cita Janete Hansen,  et  al 2007)afirmam que esta pode ser facilitada pelo olhar do pesquisador, pois as crianças ao brincar dão pistas faciais e corporais que são facilmente reconhecíveis (como  o  riso  e  a  descontração).  Diante disso, Bichara estabelece dois critérios de identificação de episódios de brincadeira: a verbalização e o comportamento motor da criança. Segundo a autora, estes dois aspectos dão uma pista se a criança está brincando e também do que ela brinca.

Uma possível definição a respeito do conceito de brincar, de acordo com Kishimoto (Cita Janete Hansen,  et  al 2007), é que este se caracteriza como um comportamento que possui um fim em si mesmo, que surge livre, sem noção de obrigatoriedade e exerce-se pelo simples prazer que a criança encontra ao colocá-lo em prática. Pellegrini e Smith ((Cita Janete Hansen,  et  al 2007)  concordam comeste conceito e acrescentam que, a partir dele, a importância do brincar estaria mais no seu próprio processo (meio), do que em seus benefícios futuros (fins).

Embora a brincadeira seja uma atividade universal entre as crianças de diferentes populações, cada cultura possui uma forma peculiar de expressão que é um reflexo das características ambientais específicas. Segundo Morais(Cita Janete Hansen,  et  al 2007), tanto a brincadeira como os brinquedos que ela pode envolver estão marcados pela identidade cultural e  por  características  sociais  específicas  de  um grupo social. Diante disso, pode-se dizer que ao mesmo tempo em que a brincadeira constitui-se como uma característica universal, ela possui aspectos específicos que irão depender de diversos fatores, tais como ambiente físico, social, cultural e as características da criança.

Com relação aos aspectos que podem influenciar o brincar, Morais e Otta (Cita Janete Hansen,  et  al 2007)  introduzem o  conceito  de  zona  lúdica,  correspondente  ao espaço em que ocorre o brincar, o qual é constituído, por três elementos:

1) a criança com suas experiências,  seus  recursos,  suas  motivações, pressões e condições sociais que a cercam;

2) o espaço físico em que ela está inserida, como os brinquedos a que ela tem acesso;

3) o espaço temporal como o tempo dedicado à brincadeira, as relações e crenças familiares.

Tais elementos podem influenciar o brincar, garantindo-lhe um aspecto específico em cada contexto. Um conceito semelhante à zona lúdica, trazido por Rabinovich (Cita Janete Hansen,  et  al 2007)  é a noção de estrutura de oportunidades  de  experienciação  do  brincar. Segundo a autora, tal estrutura dependeria também de três ordens de fatores:

1) a criança e suas  características  como  idade,  sexo,  temperamento,  habilidades; 

2)  as  características  do espaço  físico,  como  o  tamanho  e  qualidade  do espaço;

3) a organização sociocultural em que ela  está  inserida,  levando  em  conta  as  crenças parentais, as significações, emoções, entre outros. Os três fatores relacionam-se entre si, interferindo-se mutuamente e gerando o “espaço potencial do brincar”.

A produção de conhecimento a cerca da brincadeira é importante e se faz necessária para que as pessoas que estão diretamente em contato com as crianças (pais, professores, e outros profissionais envolvidos) estimulem mais esse comportamento, bem como propiciem um ambiente em que o brincar ocorra de forma mais enriquecedora. Os adultos devem trabalhar para que os riscos sejam diminuídos e os benefícios sejam aumentados (Janete Hansen,  et  al 2007).

Para ajudar os profissionais na área de saúde e educação, a Neuropsicopedagoga Clínica e estre em Educação Renata Bringel, ministra o curso Online Testes de Rastreio para Autismo (TEA) e Atrasos no Desenvolvimento Infantil entre outros. Os cursos online realizados pela Professora Renata estão disponibilizados no site renatabringel.com.br

Referência:

Hansen J, Macarini SM. Martins GDF, Wanderlind FH, Vieira ML. O brincar e suas implicaçõespara  o  desenvolvimento  infantil  a  partir  da  Psicologia  Evolucionista.  Rev  Bras  CrescimentoDesenvolv Hum 2007; 17(2):133-143

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