Plano de Aula:
A beleza da diversidade: Sugestão de idade: 1º ano do Ensino Fundamental – Ciências
Objetivos de aprendizagem:
Respeitar à pluralidade étnica, cultural (incluindo as diferentes formas de expressão através da linguagem, as tradições, a religião, os costumes, a organização familiar, a política, etc) e também sexual.
Habilidade da Base Nacional Comum Curricular:
(EF01CI04) Comparar características físicas entre os colegas, reconhecendo a diversidade e a importância da valorização, do acolhimento e do respeito às diferenças.
Passo a passo: A beleza da diversidade
Materiais necessários para a aula:Projetor de slides, garrafas PET que poderão ser trazidas pelos próprios alunos, folha sulfite, canetinhas, barbante, e outros materiais que julgar pertinente para a personalização das garrafas.
Tempo sugerido: 15 minutos
Orientações: Apresente aos alunos o tema da aula “A beleza da diversidade” e peça que façam uma associação entre esse título e as imagens do slide (imagens variadas de pessoas baixas, altas, magras, gordas, loiras, morenas etc). O objetivo nesse momento é levantar os conhecimentos prévios da turma acerca desse conceito, bem como as relações que conseguem tecer e os conteúdos atitudinais que trazem em seu repertório sobre tolerância ao que lhes é diferente. Deixe que apenas as crianças se manifestem, sem muitas intervenções, apenas instigue a reflexão e análise das imagens caso não perceba resposta alguma da sala.
A proposta poderá ser flexibilizada nessa etapa na falta de um projetor com análise de imagens extraídas de recortes de revista, desde que mostrem identidades diversas.
CONTEXTO
Como são os príncipes e princesas dos contos de fadas?
É possível ser diferente?
Tempo sugerido: 25 minutos
Orientações:Levante junto aos alunos o nome de personagens de contos de fadas conhecidos, peça para que descrevam algumas princesas, príncipes e até mesmo personagens coadjuvantes que fizeram história. Peça para que tracem características semelhantes e registre na lousa. Pergunte então se é possível fazer parte dessas narrativas sendo diferente.
Em seguida passe o trailer da animação Wifi Ralph – quebrando a internet, do canal Walt Disney Studios BR, e discuta o conceito de princesa que aparece nessa chamada. Os personagens principais Vanellope e Ralph podem ser considerados príncipe e princesa? Por quê? O que têm de diferente?
Em seguida, narre à história “Olívia não quer ser princesa”, de Ian Falcone, editora Globinho, cujo enredo traz uma busca de identidade na fase da infância. Mostre que enquanto a maioria das amigas querem ser princesas, a personagem principal se pergunta o porquê de todo mundo ter que pensar do mesmo jeito, vestir as mesmas roupas e sonhar os mesmos sonhos, ela, contestadora, quer ser diferente. Mostre que o livro também trata da relação com os pais e descobertas pessoais dentro de uma linguagem apropriada para a idade.
Vale ressaltar a importância e transpor para a figura masculina essa problematização, auxiliando que os meninos da turma consigam se ver representados na discussão posterior. Indague o que as crianças sentiram ao ouvir a história e se conseguem fazer alguma relação com cada um de nós e com o meio em que vivemos, por exemplo, a escola.
Caso a escola não tenha a possibilidade de uso deste título encontrará nas orientações abaixo títulos que trabalhem a temática em outras abordagens. Caso tenha acesso a outro título cujo enredo se encaixe na proposta, ou já tenha trabalhado com a turma alguma narrativa que possa fazer retomada sinta-se à vontade para utilizar.
Sugestões de outros títulos:
- Tudo bem ser diferente, de Todd Parr, editora Panda Books
- Flicts, de Ziraldo, editora Melhoramentos
- Maria vai com as outras, de Silvia Orthof, editora Ática
- A cinderela mudou de ideia, de Myriam Sierra, editora Planeta
- Minha princesa africana, de Marcio Vassalo, editora Abacatte.
QUESTÃO DISPARADORA
Como seria nossa vida se todas as pessoas fossem iguais?
Tempo sugerido: 5 minutos
Orientações: Registre no quadro (abaixo das anotações feitas a respeito das características dos personagens) a seguinte pergunta: “Como seria nossa vida se todas as pessoas fossem iguais?”. Peça para que os alunos apenas reflitam durante a contação de histórias, pois irão conversar sobre isso quando acabarem de ouvir. Prepare a sala para que todos fiquem confortáveis para lhe escutar.
MÃO NA MASSA
Tempo sugerido: 40 minutos
Orientações: Após a pergunta disparadora, coloque uma caixa repleta de garrafas PET no centro da sala e peça para que os alunos separem-nas por cor, formato, tamanho e textura, apenas agrupando as mais semelhantes. Após feita essa separação indague aos alunos como perceberam esses objetos: São todos iguais? Por que? Possuem a mesma “função”? E ao mudar a aparência ela deixa de ser uma garrafa?
Promova uma breve discussão com a turma em roda para que comecem a se questionar sobre a importância que dão às diferenças. Complete a atividade oferecendo aos alunos papel, tesoura, canetinha, rolo de barbante, as tampinhas (o que mais julgar pertinente de acordo com as condições da escola) e proponha que em grupos escolham algumas garrafas e as personalizem à sua maneira.
Ao finalizarem a proposta peça para que partilhem suas produções brevemente e devolvam as garrafas na caixa, como tudo começou, nesse momento pergunte se a caixa em questão é a mesma? Se é diferente, o porquê. O objetivo é que reflitam sobre o essencial versus a aparência, como julgamos as pessoas/objetos pela forma como se apresentam, sem saber o que são verdadeiramente. Essa transposição entre os objetos e o ser humano poderá ser instigada por você, professor, caso os alunos não tracem essa analogia com facilidade.
SISTEMATIZAÇÃO
O que você produziu?
Vamos compartilhar com nossos colegas?
Tempo sugerido: 25 minutos
Orientações: Faça um fechamento retomando a pergunta disparadora presente no quadro. Finalize com a proposta de registrarem o que compreenderam das atividades anteriores em forma de desenho ou massinha de modelar, para compartilharem na sistematização. Perceba através das representações artísticas e falas expostas, se os alunos conseguiram compreender a proposta e desenvolver argumentos de acordo os objetivos esperados de aprendizagem.
Para ajudar os profissionais na área de saúde e educação, a Neuropsicopedagoga Clínica e Mestre em Educação Renata Bringel, ministra o curso Online Testes de Rastreio para Autismo (TEA) e Atrasos no Desenvolvimento Infantil entre outros. Os cursos online realizados pela Professora Renata estão disponibilizados no site www.renatabringel.com.br
Referência:
Professor-autor: Juliana Nair dos Santos Silva
Mentor: Eliane de Siqueira
Especialista: Margareth Polido