Plano de aula:
Compartilhando descobertas em vídeo – Sugestão de Idade – Educação Infantil – Crianças pequenas (4 anos a 6 anos e 2 meses).
Campos de Experiência: Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações; Escuta, fala, pensamento e imaginação; O eu, o outro e o nós.
Objetivos e códigos da Base
(EI03ET03) Identificar e selecionar fontes de informações, para responder a questões sobre a natureza, seus fenômenos, sua conservação.
(EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
O que fazer antes?
Contextos prévios:
Para a realização desta atividade é necessário que a escola ou o grupo de crianças já estejam envolvidos com um projeto de investigação. Esse envolvimento investigativo das crianças com o projeto é essencial, pois é a partir das descobertas que elas realizaram no percurso que vocês irão criar o material audiovisual. É importante ainda que você pesquise antecipadamente plataformas digitais de compartilhamento de vídeo, como canais virtuais, redes de streaming, entre outros. Fique atento para que o conteúdo seja adequado à faixa etária das crianças, assistindo previamente aos vídeos que deseja exibir para elas. Caso a escola ainda não possua um documento de autorização de imagem, envie também um pedido de autorização de uso de imagem das crianças, deixando claro que aquelas que não quiserem ou não puderem aparecer na filmagem estarão engajadas no vídeo da mesma forma, ao realizar sua produção.
Espaços:
Planeje um espaço amplo que acolha o grupo de crianças sentado em uma grande roda. Preveja a disposição dos materiais necessários para a atividade, de forma que todos possam visualizá-los bem.
Materiais:
Será necessário um dispositivo eletrônico com acesso à internet para a exibição de plataformas de vídeos online, tal como um computador, uma smart TV, um tablet, um notebook ou smartphone e um projetor de imagens conectado ao dispositivo que você escolheu, se disponível. Você também precisará de uma cartolina, preferencialmente branca, para dar um destaque maior ao texto, e um marcador permanente para escrever as ideias iniciais das crianças a respeito do roteiro do vídeo. Você encontra um modelo de tabela para essas ideias iniciais e agenda de filmagem aqui.
Tempo sugerido:
Aproximadamente 30 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Quais descobertas foram compartilhadas pelas crianças? Que tipo de apoio ou ajuda foi preciso oferecer para que pudessem expressar oralmente essas descobertas? Quais são as percepções delas sobre o projeto de investigação em que estão envolvidas?
2. De que forma as crianças reagiram à proposta da criação de um vídeo e à exploração das plataformas digitais para compartilhamento de vídeos? Elas já tinham familiaridade com esse recurso audiovisual?
3. Como as crianças comunicaram suas ideias para o roteiro do vídeo? Houve opiniões divergentes? Como elas acolheram sugestões dos amigos e como entraram em consenso para que o professor pudesse escrever as ideias no cartaz?
O que fazer durante?
1 – Chame as crianças para se sentar com você na grande roda de uma forma entusiasmada, despertando a curiosidade delas sobre a novidade a ser compartilhada. Inicie a conversa perguntando se elas se lembram das últimas ações do projeto de investigação no qual estão envolvidas. Estimule-as a se expressar oralmente, explicando que gostaria que elas compartilhassem descobertas acerca das vivências com o projeto. Caso possua registros fotográficos ou escritos dessas descobertas, eles serão ótimos recursos visuais para essa contextualização inicial.
Possíveis falas do professor neste momento: Crianças, todos estamos envolvidos no cultivo de nossa horta há algum tempo. Hoje eu gostaria de saber quais descobertas, que coisas importantes, nós aprendemos com a nossa horta? Alguém gostaria de compartilhar? Você descobriram algo sobre o solo ou sobre a vida das plantas? O que mais vocês podem me contar sobre isso?
2 – Celebre com as crianças as descobertas compartilhadas, destacando o quanto você está orgulhoso por todo o percurso percorrido pelo grupo. Diga-lhes que as descobertas precisam ser partilhadas, pois isso gera grandes aprendizados para outras pessoas. Um desses exemplos são os cientistas, que ao partilharem suas descobertas proporcionam grandes impactos à sociedade. Pergunte como as crianças acham que poderiam compartilhar suas descobertas com o maior número possível de pessoas e ajudá-las a aprender mais sobre o projeto que realizam na escola. Acolha as sugestões e verdadeiramente considere aquelas que são viáveis para além do vídeo. Faça questionamentos para que construam a ideia do vídeo. Por exemplo, se alguma criança sugerir que enviem reportagem para o jornal impresso, você pode perguntar se o jornal chega em todos os lugares. Por fim, ao decidirem pela gravação de um vídeo, desafie-as a pensar sobre como poderão compartilhar esse vídeo com muitas pessoas em diversos lugares. Converse sobre essa forma de expressão e se as crianças já conhecem esse recurso.
3 – Explore com as crianças algumas plataformas digitais para compartilhamento de vídeo e assistam a algum material audiovisual com o tema relacionado ao projeto de investigação do qual fazem parte ou que possua um formato similar ao que vocês irão realizar. Instigue as crianças a perceber características dessa forma de comunicação e investigue junto ao grupo os conhecimentos acerca desse recurso audiovisual.
Possíveis falas do professor neste momento: Será que essa pessoa fez o vídeo sozinha? Que materiais ela pode ter usado para fazê-lo? Vocês acham que ela já sabia o que dizer antes de começar a gravar o vídeo ou ela inventou tudo na hora? De que forma ela mostrou a descoberta feita? Depois você poderá explorar com as crianças o sistema da plataforma digital, verificando se há possibilidade de sinalizar se gostaram ou não do vídeo, se há espaço para comentários, se a tela de exibição é grande entre outros recursos.
4 – Após a exploração dos vídeos na internet, faça um levantamento com as crianças sobre quais ideias iniciais elas trazem para o material que será produzido por elas (um veículo para que elas compartilhem as descobertas que fizeram ao longo do projeto). Pergunte-lhes como poderiam iniciar o vídeo, onde gravariam, quais descobertas irão compartilhar, entre outras sugestões que podem ser escritas por você em uma cartolina branca, que será fixada na parede ou em outro local de fácil visualização para as crianças. Essa escrita será utilizada como o roteiro inicial do vídeo e relembrada nas demais atividades desta sequência.
Para finalizar:
Leia para as crianças as ideias que vocês escreveram no roteiro inicial e combinem uma agenda de criação do vídeo, com datas para a estruturação do roteiro, da filmagem, da edição e da publicação. Não se esqueça de registrar essas datas no calendário da sala ou mesmo na própria cartolina do roteiro inicial. Após essas ações, convide a turma para a próxima vivência do dia.
Desdobramentos
No espaço de faz de conta da sala ou da escola ou entre o espaço livre, organize uma brincadeira com fantasias, câmeras e microfones de brinquedo, que podem ser confeccionados pelas próprias crianças com caixas de papelão e rolos de papel higiênico. O objetivo é que elas possam brincar e explorar os materiais, experimentando formas de construção e partilha de informação por meio de vídeo, construindo hipóteses e aprofundando conhecimentos acerca da produção de filmes.
Engajando as famílias
Envie uma mensagem às famílias explicando os objetivos da atividade e como ela será realizada. Nesse bilhete você também poderá convidar os pais para pesquisar algo sobre o tema do projeto e para gravar um vídeo junto com as crianças, que poderá ser exibido ao grupo em sala. Caso sua turma seja numerosa, organize essas exibições de forma que elas não se tornem cansativas. Limite o tempo de vídeo nas orientações para os pais, como por exemplo, máximo de três minutos. Poderá ainda ser criada uma hashtag (#) para que as famílias possam compartilhar nas redes sociais descobertas cotidianas e ações acerca do projeto de investigação.
Para ajudar os profissionais na área de saúde e educação, a Neuropsicopedagoga Clínica e estre em Educação Renata Bringel, ministra o curso Online Testes de Rastreio para Autismo (TEA) e Atrasos no Desenvolvimento Infantil entre outros. Os cursos online realizados pela Professora Renata estão disponibilizados no site renatabringel.com.br
Referência:
Autor: Leiry Kelly Oliveira
Mentor: Camila Bon
Especialista do subgrupo etário: Karina Rizek
