Experimentos com terra, areia, argila e água

Experimentos com terra, areia, argila e água ensinam sobre o mundo por meio de experimentar diferentes elementos da natureza.
Experimentos com terra, areia, argila e água ensinam sobre o mundo por meio de experimentar diferentes elementos da natureza.

Plano de aula

Experimentos com terra, areia, argila e água – Sugestão de Idade – Educação Infantil – Crianças pequenas (4 anos a 6 anos e 2 meses).

Campos de Experiência:  Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. Traços, sons, cores e formas. Corpo, gestos e movimentos.

Objetivos e códigos da Base
(EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.

(EI03ET02) Observar e descrever mudanças em diferentes materiais, resultantes de ações sobre eles, em experimentos envolvendo fenômenos naturais e artificiais.

(EI03CG05) Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses e necessidades em situações diversas.

O que fazer antes?

Contextos prévios:

O dia a dia é cheio de transformações e desperta o interesse das crianças por explorar, investigar e conhecer mais sobre o mundo que as cerca. Neste sentido, os elementos da natureza, além de chamarem a atenção das crianças, são materiais ricos em possibilidades de exploração.

Materiais:

Recipientes grandes, como baldes e bacias, para coleta e disponibilização de terra, areia e argila. Terra e areia, de acordo com a disponibilidade da escola, que podem estar no próprio tanque de areia ou em um monte próximo, para que os pequenos grupos possam coletá-las. Argila em quantidade suficiente para exploração, manuseio e construção pelas crianças. Garrafas ou jarras plásticas com água. Materiais que possam auxiliar na composição das crianças, como baldinhos e forminhas de areia, potes, palitos, peneiras etc. Folhas, gravetos e pedrinhas podem ser buscados pelas próprias crianças na área da brincadeira, se desejarem. Suportes sobre os quais as crianças irão produzir suas obras, de forma que elas possam movimentá-las, como pratos, vasilhas, tábuas de madeira, tampas de pote de sorvete etc. Cartolina e canetinha, para que você faça os registros das hipóteses das crianças (se tiver um cavalete para apoio, melhor).

Se possível disponibilize fotos de esculturas feitas em diferentes materiais, como pedramadeirabarroareia (podem ser impressas ou projetadas) para que as crianças tenham referências durante a conversa inicial. Celular ou câmera fotográfica para registro em fotos e vídeos.

Espaços:

Essa atividade deve ser realizada em alguma área externa onde as crianças possam utilizar livremente os materiais e elementos disponíveis. É necessário que o espaço seja organizado previamente. Caso a escola disponha de um tanque de areia e canteiros com terra, é interessante que o espaço escolhido seja próximo a estas áreas. Caso isso não seja possível, disponibilize para a turma a areia e a terra em bacias, assim como a argila. É ideal ter próximo ao local alguma torneira para a coleta de água pelas próprias crianças. Depois das esculturas prontas, as crianças irão levá-las para expor e secar na sala de atividades. Se tiver um cavalete disponível, deixe-o montado para fixar a cartolina para registro das hipóteses e ações das crianças. A etapa 1 e para finalizar acontecem na sala de atividades.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 1 hora, levando em consideração a produção das esculturas e a conversa com o grande grupo.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como as crianças reagem à diversidade de materiais oferecida? Que hipóteses trazem sobre a utilização deles para construção de sua escultura?

2. Como se relacionam com as diferenças dos materiais disponíveis e com as transformações observadas durante a experimentação? Que comentários fazem com os colegas a respeito das investigações?

3. O que as crianças relatam sobre o processo de produção das esculturas e diante das produções finais? Que relações fazem com suas hipóteses iniciais sobre como utilizariam os elementos naturais para suas criações?

O que fazer durante?

1 – Na sala de atividades, reúna as crianças no grande grupo e pergunte a elas se alguém já viu uma escultura, se sabem o que é e do que pode ser feita. Para fomentar a conversa, caso a escola disponibilize do recurso de impressão, é interessante levar algumas fotos de esculturas feitas em diferentes materiais, como pedra, madeira, barro, areia. Você pode conseguir algumas imagens em catálogos de museus ou levar uma pequena escultura para que elas possam conhecer, caso disponha de alguma. Dialoguem sobre como os artistas precisam tratar os materiais para compor a escultura, aproveitando de vivências anteriores da turma na escola ou com a família. Compartilhe a ideia de fazer uma escultura utilizando alguns elementos da natureza disponíveis na escola. Diga que, para que possam se envolver nas produções, as crianças irão realizá-las em uma área externa. Explique que você já organizou no espaço alguns materiais que poderão utilizar, instigando-as a levantarem hipóteses sobre o que podem encontrar lá. Adiante que deverão se dividir em trios para a confecção das esculturas. Peça que se organizem nos grupos para irem até o local em que produzirão as obras. Se alguma criança preferir elaborar sua construção sozinha ou em duplas, não se oponha.

2 – Dirijam-se até a área externa que irão utilizar para a produção das esculturas. Transitem pelo espaço para ver o que encontram e pensar nas possibilidades de esculturas que podem fazer, nos elementos e objetos que querem utilizar etc.

Enquanto vocês circulam pelo espaço, diga para as crianças que elas podem utilizar os diferentes elementos da natureza: terra, areia, argila, água, além de outros que podem ser coletados no local, como pedrinhas, gravetos e folhas. Observem juntos os outros materiais disponíveis, como tampas plásticas, potes diversos, peneiras, palitos e forminhas. Após as explorações podem fazer uma para conversarem sobre as possibilidades de criação das esculturas. Questione as crianças sobre como a areia, terra e argila poderão se transformar em uma escultura, registrando com elas (sendo você o escriba) estas primeiras hipóteses.

3 – Combine que cada trio pode realizar uma, duas ou até três esculturas, como preferir, e sugira que planejem como farão a produção: se cada criança irá utilizar exclusivamente um material para produzir algo, se irão misturar os materiais, se as três produzirão juntas as obras etc. Mostre que você separou algumas bacias com argila. Diga que disponibilizou baldes e bacias vazios para que possam coletar terra ou areia em seu entorno, e garrafas plásticas para coletar água, que será utilizada nas esculturas, caso precisem. Adiante que terão 30 minutos para a produção de suas obras, e que depois elas serão transportadas para a sala de atividades. Apresente os suportes que você separou, para que elas possam montar as esculturas em cima deles, facilitando o transporte posterior. Esteja atento às interações e descobertas das crianças, suas reações aos materiais oferecidos, como se dão as coletas, suas escolhas e as primeiras experimentações neste momento de decidir o que irão utilizar.

4 – Tenha em mãos, celular ou câmera para registrar este momento, de forma que os registros possam ser socializados posteriormente com as crianças. É interessante realizar registros em vídeos, pois mostrará melhor as transformações dos materiais de acordo com as ações realizadas pelas crianças. Caso alguma criança manifeste que não deseja participar da brincadeira, convide-a para se envolver na atividade de outra forma, seja te auxiliando nos registros ou utilizando os materiais disponíveis em outra brincadeira. Observe e apoie as iniciativas das crianças, enriquecendo suas investigações na produção das esculturas e trazendo elementos que ampliem as possibilidades de interação com os materiais. Tenha o cuidado de não se antecipar as iniciativas das crianças ou dirigir suas ações. Aproveite para se aproximar dos grupos e registrar na cartolina suas impressões do contato com estes elementos. Faça perguntas que os instigue a pensar sobre as cores, texturas, cheiros, sensações térmicas, dentre outros critérios que chamem a atenção em uma primeira experimentação.

5 – Incentive que, durante o processo criativo, as crianças investiguem, levantem hipóteses, explorem e façam descobertas, de forma que possam observar e comentar sobre as semelhanças e diferenças dos materiais e o que acontece quando adicionam água ou misturam outros elementos, como argila e areia. Lembre-se que o objetivo não é apenas o de criar uma escultura, mas, principalmente, investigar as possibilidades a partir das ações sobre os materiais disponíveis até se chegar ao produto final. Um possível desmoronamento de uma escultura de areia, por exemplo, pode provocar nas crianças diversos questionamentos do porquê deste material se apresentar desta forma, diferentemente dos outros. Assim, observe as explorações que acontecem nos grupos e aja de forma a potencializar as descobertas das crianças, seja sugerindo o uso de diferentes recipientes ou a mistura de diferentes elementos para obter outros resultados.

6 – Nem todas as explorações e investigações fazem parte da elaboração das esculturas, mas são importantes momentos de pesquisa das possibilidades de uso dos materiais disponíveis. As crianças podem misturar diversos elementos e adicionar água. Talvez a consistência fique muito líquida, sendo necessário começar tudo de novo, ou, pelo contrário, fique muito dura, impedindo a possibilidade de dar a forma. Não interfira no processo investigativo dando respostas, mas problematize para que as crianças busquem sempre levantar e testar hipóteses confrontá-las, argumentar suas escolhas e ações, fazer novas tentativas e descobertas etc.

Possíveis ações das crianças neste momento: Você percebe que uma criança tenta utilizar uma das forminhas para criar uma escultura com a terra, mas ela observa que, ao retirar a forma, ela se desmancha. Pergunte como ela acha que poderia mudar a consistência deste elemento para melhor atender às necessidades.

7 – Passados 25 minutos do início da atividade, informe que, em 5 minutos, elas deverão finalizar as esculturas e transportá-las até a sala de atividades, para que sejam guardadas até a secagem. Fale novamente em três minutos. Terminado o tempo, combine para deixarem a escultura no local enquanto organizam os materiais nos locais indicados por você. Devolva a areia e a terra que sobraram aos locais de origem. Dê um destino adequado à água, como regar as plantas. Armazene a argila de uma forma que não seque. Caso tenha sobrado argila sem uso que será utilizada em uma próxima ocasião, uma sugestão é envolvê-la em jornal borrifando água todos os dias para mantê-la úmida até que ela seja utilizada novamente. Se ainda assim ela endurecer, utilize esta técnica para hidratá-la novamente quando for utilizar.

8 – Assim que os materiais estiverem organizados, auxilie os trios a transportar as esculturas com cuidado até a sala. Peça ajuda das crianças para encontrar um local na sala em que as esculturas possam permanecer durante alguns dias, para que vocês possam observá-las até secarem. O ideal é que seja um local da altura das crianças, como alguma prateleira, mas que não seja espaço de passagem ou de muito movimento. Assim, podem acompanhar o processo sem correr o risco de quebrar alguma escultura acidentalmente. Após acondicioná-las, oriente que as crianças se dirijam ao banheiro para lavar as mãos, para que possam se reunir novamente no grande grupo.

Para finalizar:

Retornando à sala de atividades, converse com as crianças no grande grupo sobre como foi a experiência de construir esculturas com diferentes elementos da natureza. Incentive-as a se manifestar sobre como se sentiram durante a brincadeira, se havia algum material que chamou atenção, se era conhecido ou desconhecido por elas, quais misturas fizeram e deram certo, quais não deram, porque e como resolveu a situação etc. Evite antecipar as falas delas e respeite aquelas que não querem falar neste momento. Leia para as crianças o que foi registrado (cor, textura, consistência, sensação térmica) e suas primeiras ideias sobre como fariam as esculturas. Possibilite que manifestem novas impressões e descobertas a partir das transformações observadas nos materiais durante a atividade. Pergunte se já viram o que acontece com a areia, argila e terra depois que secam e o que acham que irá acontecer com as esculturas. Registre também essas hipóteses para que possam confrontá-las assim que as obras estiverem secas. Veja o que mais precisa ser organizado na sala para que se dirijam à próxima atividade do dia.

Para ajudar os profissionais na área de saúde e educação, a Neuropsicopedagoga Clínica e estre em Educação Renata Bringel, ministra o curso Online Testes de Rastreio para Autismo (TEA) e Atrasos no Desenvolvimento Infantil entre outros. Os cursos online realizados pela Professora Renata estão disponibilizados no site renatabringel.com.br

Referência:

Autor: Sandra Bonotto

Mentor: Wildes Gomes de Campos

Especialista do subgrupo etário: Karina Rizek

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